Veja como votou cada deputado na libertação de Picciani, Albertassi e Melo

  • 18/11/2017 16h16 - Atualizado em 18/11/2017 16h18
FAUSTO MAIA/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO Manifestantes fizeram ato na porta da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na tarde desta sexta-feira, enquanto deputados discutiam e votavam sobre a manutenção da prisão preventiva do presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB), e dos outros dois parlamentares do mesmo partido, Edson Albertassi e Paulo Melo

Em meio a protestos violentos, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro mandou soltar cúpula do PMDB. Nesta sexta-feira (17), deputados estaduais reverteram decisão do Tribunal Regional Federal da Segunda Região.

Um dia antes, a Corte determinou a prisão do presidente da Alerj, Jorge Picciani; do líder do governo, Edson Albertassi; e do deputado Paulo Melo. Acusados de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e recebimento de propina, os peemedebistas passaram cerca de 24 horas na prisão.

A decisão de libertar os deputados foi tomada em rápida votação plenária, com 39 votos a favor, 19 contra, uma abstenção e 11 ausências. Os peemedebistas precisavam do apoio de 36 parlamentares.

Confira como votaram os deputados fluminenses:

Do PMDB, defenderam a revogação das prisões:

Átila Nunes;

Coronel Jairo;

Daniele Guerreiro;

Fábio Silva;

Geraldo Pudim;

Gustavo Tutuca;

Marcelo Simão;

Pedro Augusto;

Rosenverg Reis;

E André Lazaroni, que protagonizou uma gafe ao confundir o alemão Bertold Brecht com Bertoldo Brecha, da Escolinha do Professor Raimundo.

No DEM, votaram pela revogação das prisões os deputados:

André Correa;

Christino Áureo;

Filipe Soares;

Márcia Jeovani;

Milton Rangel;

No DEM, apenas o parlamentar Samuel Malafaia defendeu a manutenção das prisões dos peemedebistas.

Quem também votou para que Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo continuassem na cadeia foi a Enfermeira Rejane, do PCdoB.

No PDT, defenderam a soltura dos peemedebistas os deputados:

Jânio Mendes;

Luiz Martins;

Thiago Pampolha;

Zaqueu Teixeira;

Cidinha Campos, que está sempre envolvida nessas manobras na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Dos parlamentares do PDT, apenas Martha Rocha defendeu que os peemedebistas continuassem presos.

No Podemos, Chiquinho da Mangueira votou pela libertação dos parlamentares.

Jorge Moreira Theodoro, o Dica, também acompanhou a maioria;

No Partido Progressista (PP), votaram pela soltura:

Dionisio Lins;

Jair Bittencourt;

Zito;

Ignorando a orientação partidária, Nivaldo Mulim e Renato Cozzolino, do PR, também votaram pela soltura dos peemedebistas.

Já o PRB votou em peso pela manutenção da prisão de Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo.

Se posicionaram contra os peemedebistas os deputados:

Benedito Alves;

Carlos Macedo;

E Wagner Montes;

Flávio Bolsonaro e Márcio Pacheco, do PSC, também marcaram votos contra a cúpula do PMDB.

No PSDB, Silas Bento apoiou a soltura dos peemedebistas.

Luiz Paulo e Osorio defenderam a manutenção das prisões.

Esse entendimento também foi acompanhado pela maioria dos deputados do PSOL.

Eliomar Coelho;

Flávio Serafini;

Marcelo Freixo;

E Wanderson Nogueira defenderam que os peemedebistas continuassem presos.

Apenas Paulo Ramos ignorou a orientação do PSOL e apoiou a soltura dos parlamentares.

No PT, André Ceciliano também não seguiu o pedido do partido e votou a favor dos peemedebistas.

Posicionaram-se contra os deputados:

Gilberto Palmares;

Waldeck Carneiro;

Zeidan;

Acompanharam o entendimento do PT os deputados Dr Julianelli, da Rede, e Carlos Minc, sem partido.

Os dois parlamentares do Solidariedade, Fatinha e Tio Carlos, votaram pela soltura de Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo.

Seguiram com a maioria os deputados:

Marcos Muller, do PHS;

Marco Figueiredo, do PROS;

Iranildo Campos, do PSD;

João Peixoto, do PSDC;

Márcio Canella, PSL;

Marcus Vinicius, PTB;

E Marcos Abrahão, do PTdoB;

Entre os ausentes na votação, constaram:

Bebeto e Geraldo Moreira, do Podemos; Dr. Deodalto, do DEM; Tia Ju, do PRB; Zé Luiz Anchite, do Partido Progressista; Lucinha, do PSDB; e Comte Bittencourt, do PPS.

No PMDB, foram ao todo 4 baixas. Além de Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo, que eram alvos da sessão, o filho do presidente da Alerj, Rafael Picciani, também não votou.

Após o resultado, o PSOL decidiu expulsar o deputado Paulo Ramos, que defendeu a soltura dos peemedebistas. No PT, André Ceciliano, que apoiou a cúpula do PMDB, foi suspenso por 6 meses.

O PR também iniciou o processo de expulsão dos parlamentares Nivaldo Mulim e Renato Cozzolino, que defenderam os peemedebistas.

Aliás, foi de um deputado do PR, Bruno Dauaire, a única abstenção da votação desta sexta-feira.

O Ministério Público Federal já indicou que vai pedir ao Tribunal Regional Federal da Segunda Região a revisão da decisão da Alerj. Alguns ministros do Supremo Tribunal Federal também questionam a a constitucionalidade da votação.

A decisão da Assembleia Legislativa do Rio, porém, foi baseada na jurisprudência criada pelo próprio STF. No mês passado, os ministros da Corte transferiram para o Senado o destino de medidas cautelares impostas ao senador Aécio Neves, do PSDB.

Com a revogação da prisão, Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo devem retomar os mandatos já na próxima terça-feira.

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