Wladimir Costa assume liderança do Solidariedade e cita segurança como prioridade para 2018

  • Por Agência Câmara
  • 23/02/2018 12h47
Wladimir Costa/Divulgação Wladimir Costa/Divulgação Na votação da denúncia contra o presidente Michel Temer, declarou publicamente apoio ao presidente e chegou a tatuar o nome de Temer no braço direito

O novo líder do Solidariedade na Câmara, deputado Wladimir Costa (PA), afirmou que segurança pública, saúde e titulação de terras estão entre as prioridades do partido para 2018. Costa, no entanto, avalia que o ano eleitoral pode dificultar a aprovação de propostas que tenham impacto significativo na economia brasileira.

Em seu quarto mandato de deputado federal, Costa está no Solidariedade desde 2013, ano em que deixou o PMDB, e sucede no posto de líder do partido na Câmara o presidente nacional da sigla, deputado Paulo Pereira da Silva (SP). O Solidariedade tem 14 deputados e faz parte de um bloco de 11 partidos que reúne 201 deputados.

Na votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff na Câmara, Costa estourou um rojão de confetes durante seu discurso. Em julho de 2017, na votação pela Casa de autorização para abertura de processo contra o presidente Michel Temer, declarou publicamente apoio ao presidente e chegou a tatuar o nome de Temer no braço direito.

Em dezembro de 2017, foi condenado à perda do mandato de deputado federal e a ficar inelegível por oito anos pelo no Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA). Costa é acusado de abuso de poder econômico e por gastos ilícitos na campanha eleitoral de 2014, mas cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Leia abaixo a entrevista concedida pelo novo líder à Agência Câmara.

Qual a prioridade da sua bancada para este ano de 2018?

São inúmeras as prioridades, em que pese ser um ano eleitoral. É fato é que há um esvaziamento muito grande por conta dos parlamentares que precisam correr atrás do famoso voto, senão não conseguem voltar no ano de 2019. Mas, apesar desse esvaziamento, deveremos fomentar que a Câmara seja proativa para somar fundamentalmente para que o povo brasileiro não sofra as consequências. Porque quando o Congresso Nacional para, Senado e Câmara, o País para. E o povo não pode pagar por causa de um processo eleitoral. Que todos façam as campanhas, mas que todos tenhamos a consciência de que precisamos estar aqui para votar as pautas importantes.

Em relação às pautas econômicas, o que o senhor acha que pode ser aprovado este ano?

Eu acho que tudo vai ser objeto de um amplo debate. Quando a gente fala de economia, envolvem muitos segmentos, envolve governo, envolve Senado, envolve Câmara dos Deputados. Então eu não vejo, sinceramente, como votar algo impactante no que diz respeito ao contexto econômico do País. Mas a gente aguarda um amplo debate e, como base do governo, aguardo orientação do líder do governo para que possamos chegar a um consenso e assim a gente possa votar o que é importante para o País.

E em relação à pauta da Câmara dos Deputados para este ano?

A pauta principal era a reforma da Previdência, mas a gente viu que isso foi ceifado ou, pelo menos, momentaneamente sepultado. Os parlamentares que vão assumir a nova legislatura terão esse trabalho para dirimir essas ações no que diz respeito à reforma da Previdência. E as pautas principais que precisam ser levadas em consideração aqui na Câmara, em primeiro lugar, segurança pública. O Brasil hoje está agonizando. E não é só o Estado do Rio de Janeiro. Se você preguntasse a minha opinião sobre intervenções, [eu diria que] para mim tem que intervir em todos os estados brasileiros, porque todos os estados agonizam. Os governadores, os prefeitos, os cidadãos sofrem consequências drásticas com a questão da segurança pública. A outra pauta é a saúde. E outra, que é uma das principais do presidente Michel Temer, é a titulação da terra. E vale destacar que o governo Temer já é um recordista em titulação de terra em todo o território nacional.

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