Por corrupção na Petrobras, força-tarefa da Lava Jato responsabilizará partidos na Justiça

  • Por Jovem Pan
  • 08/11/2015 08h38
CURITIBA,PR,11.12.2014:OPERAÇÃO-LAVA-JATO - O procurador Deltan M. Dallagnol durante coletiva no Hotel Mabu, em Curitiba (PR), nesta quinta-feira (11), sobre os indiciados na Operação Lava Jato. São em torno de 20 nomes que serão apresentados pelo MPF ao Juiz Sergio Moro. (Foto: Vagner Rosario/Futura Press/Folhapress) Folhapress Procurador Deltan M. Dallagnol

A força-tarefa da Operação Lava Jato imputará aos partidos a responsabilidade pelo bilionário esquema de cartel e corrupção na Petrobras a partir do ano que vem.

Após recuperar ao menos R$ 2,4 bilhões aos cofres públicos, resultado de mais de 30 acordos de delação premiada e três termos de leniência com empresas, o Ministério Público Federal busca estratégias para buscar a condenação na Justiça Federal das legendas.

Até o momento, as empresas foram acionadas fora da área criminal, no entanto, as penas serão propostas em ações cíveis e representarão um forte golpe à saúde financeira das agremiações. Além da devolução dos valores desviados da Petrobras, os partidos podem ficar sujeitos a retenção de valores dos fundos partidários e suspensão e cassação de registro da legenda.

O procurador da República, Deltan Dallagnol, da força-tarefa, afirmou que o MPF entrará com a ação cível pública contra os partidos que participaram dos crimes e que atuaram para que os benefícios acontecessem e eles assim se beneficiassem. “Estamos caminhando na Lava Jato por etapas porque temos um mar de informações e evidências. É como se fossem frutos de uma árvores, nós colhemos quando eles ficam maduros. A ação dos partidos ainda está amadurecendo”, disse.

O avanço da Operação contra os partidos chega a atingir a base aliada do Governo Dilma. Foi comprovado em pouco mais de um ano e meio que PT, PMDB e PP controlavam um esquema de fatiamentos de cargos estratégicos da estatal.

Com as diretorias da Petrobras, empresários e políticos articularam uma estrutura de desvios em contratos, cobrança de propinas e lavagem de dinheiro. Tais recursos foram usados para doações eleitorais e partidárias oficiais e feitas por caixa dois, segundo o MPF.

A lista inclui também partidos da oposição e da situação, as os partidos têm negado o envolvimento no esquema de irregularidades.

*Informações do jornal O Estado de S. Paulo

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