Pré-candidato do PT em São Paulo, Padilha ataca atual governo e fala em mudanças

  • Por Jovem Pan
  • 06/05/2014 10h51
Reprodução Alexandre Padilha

O pré-candidato do PT, Alexandre Padilha, participou na manhã desta terça-feira (06) de uma sabatina promovida pela JOVEM PAN, em parceria com o SBT, a Folha de S. Paulo e o Uol. O objetivo foi apresentar ao eleitor as principais propostas para administrar a unidade federativa mais importante do país.

Padilha começou o bate-papo falando em aliança com outros partidos, inclusive os que são da base aliada do atual governador Geraldo Alckmin, do PSDB. O objetivo do pré-candidato é ter em São Paulo o apoio de quem é parte do governo de Dilma Rousseff, em Brasília.

“Nós queremos aliança extremamente ampla. O nossos critérios são justamente os partidos que ajudam a presidente Dilma”, falou aos jornalistas. Ele ainda revelou que quer “mobilizar todas as forças dinâmicas”, incluindo o empresariado.

Perguntado sobre o escândalo do mensalão, em que o ex-presidente Lula negou saber de toda a corrupção antes de as informações virem à tona pela imprensa, o petista olhou positivamente para o fato e disse que quer implantar o mesmo modelo de investigação em São Paulo.

“O presidente Lula superou a era do engavetamento dos processos. Nós investigamos escândalos de corrupção que só começou pelo governo federal. Nós queremos trazer essa era para o estado, e não a era de 15 anos de corrupção”, falou referindo-se ao escândalo do metrô.

Ao falar de habitação Padilha mostrou-se confiante no programa federal Minha Casa, Minha Vida, que, segundo ele, deve entregar 600 mil casas em São Paulo. O pré-candidato petista falou ainda que o objetivo é transformar o metrô em metropolitano, de fato. Com isso, levar o sistema para outras áreas da capital e da região metropolitana.

O objetivo ainda, segundo ele, é implantar o bilhete para metrô e CPTM. O político em contar com a adesão dos municípios que têm ônibus intermunicipais para integrar todo o sistema de transporte na região mais importante do estado.

“Sou contra qualquer medida que não exista cooperação. Eu sei que o governo federal entrou em campo para a construir cooperação. É fundamental para o estado saber aproveitar as oportunidades”, disse.

Ele ainda completou lembrando do histórico de São Paulo ao receber imigrantes de todo o mundo. “O nosso estado de São Paulo é o que é por causa de libaneses, italianos, japoneses… Somos o que somos por causa da cultura de pessoas de várias partes do mundo”.

Ao ser pressionado sobre a responsabilidade do governo federal na crise de imigrantes do Haiti, o petista insistiu que é preciso haver uma conversa entre todas as partes envolvidas. Para ele, é preciso aproveitar de forma inteligentes os imigrantes que estão chegando.

O pré-candidato petista criticou a atual administração por causa dos problemas de abastecimento de água no estado. Para ele, investimentos prometidos há 10 anos não foram realizados, o que provocou a crise de agora.

“O racionamento já existe em São Paulo desde dezembro reduziu-se à oferta de água. Em Guarulhos, desde fevereiro. Ou seja, em 2004, o atual governador já era governador, naquele momento o estado assumiu a responsabilidade de realizar obras prometidas”.

Padilha ainda atacou diretamente a Sabesp: “A gestão da Sabesp foi irresponsável, não fez as obras que deveria fazer”.

E continuou ao ser confrontado: “falta de ética é cortar a água de Campinas, de Guarulhos; a água de bairros de São Paulo e falar que não está racionando. Isso que é falta de ética”.

Atento a um dos problemas que mais preocupam os paulistas, Padilha disse que é preciso colocar mais policiais nas ruas para combater a criminalidade e ampliar a integração entre as polícias.

“Fundamental é fazer funcionar aquilo que já existe. Precisamos ampliar a presença dos policiais nas ruas. Então a primeira coisa é colocar esses policiais defendendo as pessoas nas ruas”, explicou.

 

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