Presos em nova fase da Lava Jato são transferidos para Curitiba

  • Por Agência Brasil
  • 28/07/2015 19h21
Antonio Cruz/Agência Brasil Othon Luiz Pinheiro da Silva

O presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, preso na manhã desta terça-feira (28), no Rio, foi transferido para Curitiba. Ele embarcou às 18h20, no Aeroporto Santos Dumont, em um voo de carreira, escoltado por agentes da Polícia Federal (PF). Também embarcou o empresário Flávio Barra, presidente da AG Energia, subsidiária da Andrade Gutierrez. Ambos foram presos na 16ª fase da Operação Lava Jato.

Othon e Flávio embarcaram separadamente dos demais passageiros. Ele foram colocados em um ônibus da Infraero, na companhia de sete agentes federais. Também foram embarcados cerca de 15 caixas de papelão e malotes, material apreendido durante a operação.

Os dois presos não estavam algemados. O advogado do presidente licenciado da Eletronuclear, Helton Pinto, disse que não poderia se pronunciar sobre a prisão do cliente, pois ainda não havia tido acesso aos autos do processo. “Não temos como nos pronunciar no momento, porque ainda não tivemos acesso aos autos. Como a gente não tem conhecimento da acusação, não temos como nos pronunciar. Eu tenho que analisar o caso. Não li nada do processo ainda.”

Othon foi preso em casa, no Rio de Janeiro, e depois levado para a sede regional da PF no Rio. Ele se afastou do cargo em 29 de abril, após ser citado na Lava Jato por suspeita de irregularidades em contratos para a construção de Angra 3. 

Na ocasião em que foi citado nas investigações da Lava Jato, Othon Silva negou ter participado ou ter conhecimento de qualquer irregularidade.

Em nota à época, afirmou que jamais recebeu propina e que vive de sua aposentadoria como vice-almirante da Marinha e de seus vencimentos como presidente da Eletronuclear. Ele se afastou do cargo em 29 de abril, após ser citado na operação.

A Eletronuclear informou que vai se pronunciar em nota sobre o caso.

Em nota divulgada na manhã de hoje, a Andrade Gutierrez informou que está acompanhando a décima sexta fase da operação e destacou “que sempre esteve à disposição da Justiça”. Os advogados da empresa estão analisando a ação da PF para se pronunciar.

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