Bactérias encontradas em águas uruguaias não representam risco para a saúde

  • Por Agencia EFE
  • 26/01/2015 20h09

Montevidéu, 26 jan (EFE).- O Ministério da Saúde Pública do Uruguai garantiu nesta segunda-feira que as bactérias de Vibrião não coléricas detectadas nas últimas semanas nas águas marinhas do leste do país não representam um risco para a saúde, apesar de terem causado a morte de duas pessoas.

As vítimas foram um uruguaio, de 84 anos, e um argentino, de 90 anos, que “tinham patologias associadas”, motivo pelo qual “eram altamente vulneráveis a todos os microrganismos infecciosos”, explicou a diretora da Divisão de Epidemiologia do Ministério da Saúde Pública do Uruguai, Raquel Rosa.

Rosa detalhou que receberam notificações semanas atrás “da presença de pacientes com quadros cutâneos conhecidos como celulite”, que, após o pertinente “estudo patológico”, se comprovou que “correspondiam a este tipo de bactéria”.

A doutora assegurou que os Vibriões analisados “não se tratam de nenhuma bactéria assassina”, já que têm uma “muito baixa patogenicidade”, o que só costuma provocar uma infecção na pele “sem maior consequência em pessoas saudáveis”.

Desde o último mês de dezembro até o momento, Rosa informou que o Ministério da Saúde Pública do Uruguai atendeu quatro pacientes nos quais se identificou esta bactéria como causadora da infecção.

A celulite que produzem representa uma reação inflamatória dos tecidos da pele, que pode provocar irritações, calor, dor e, inclusive, a aparição de bolhas.

A esse respeito, Rosa insistiu que este quadro clínico raramente avança rumo a infecções mais graves e provoca a morte, embora, reconheceu, isto tenha ocorrido aos dois indivíduos falecidos em dezembro passado e há uma semana, respectivamente.

A presença destas bactérias no Uruguai coincide com o aumento da temperatura de água e a redução da salinidade, motivo pelo qual se considera que sua presença está relacionada com causas ambientais, acrescentou.

“Todas as patologias do Vibrião são parecidas às que aparecem nos mariscos”, explicou Rosa, após esclarecer que a fauna marinha uruguaia não se caracteriza por ter esse tipo de infecções.

Evitar de entrar na água se tiver um ferimento na pele é a única recomendação do Ministério da Saúde Pública, embora Rosa garanta que nem sequer este fato representa um claro risco sanitário. EFE

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