Coreia do Sul declara extinta a epidemia do novo coronavírus

  • Por Agencia EFE
  • 28/07/2015 04h57 - Atualizado em 19/03/2020 15h32

Seul, 28 jul (EFE).- O governo da Coreia do Sul considerou extinto nesta terça-feira o surto de síndrome respiratória por novo coronavírus do Oriente Médio (MERS), que matou 36 pessoas no país asiático desde que foi detectada pela primeira vez no último dia 20 de maio.

O anúncio foi realizado pelo primeiro-ministro, Hwang Kyo-ahn, durante uma reunião com representantes de diferentes ministérios em Seul.

“Após avaliar distintas circunstâncias, o pessoal médico e o governo consideram que as pessoas já podem deixar de se preocupar”, disse Hwang durante o encontro em declarações recolhidas pela agência “Yonhap”.

O primeiro-ministro também aproveitou para pedir desculpas aos cidadãos sul-coreanos pelas “preocupações” geradas pela doença, em resposta às críticas sofridas pelo governo por não conseguir conter a propagação do surto na fase inicial.

Além disso, Hwang prometeu aplicar o mais rápido possível a verba suplementar aprovada na última sexta-feira no parlamento, no valor de 11,7 trilhões de wons (US$ 9,95 bilhões), principalmente para compensar os danos econômicos causados pela MERS.

Durante o mês de junho, o vírus gerou uma forte preocupação entre os cidadãos, reduzindo de forma considerável o consumo e o turismo no país.

Após a declaração do fim da epidemia, o governo anunciou que começará a desmontar o centro de controle temporário criado para combater a doença. No entanto, manterá o nível de vigilância para evitar novos casos, controlando a temperatura de pessoas que chegarem aos aeroportos, disse o primeiro-ministro.

Apesar do anúncio de hoje, ainda se considera que a extinção foi declarada “de fato”, já que para anunciar oficialmente o fim do surto é necessário que transcorram 28 dias sem novos casos desde que o último infectado receba alta, segundo o estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O número de infectados pelo novo coronavírus se manteve em 186 nos últimos 23 dias, e na véspera o último paciente que permanecia em quarentena por temor de que tivesse contraído a doença recebeu alta, o que elimina quase todas as possibilidades de que haja novos contágios.

Cerca de 16.700 pessoas foram submetidas à quarentena no país asiático devido ao novo coronavírus, doença para a qual não existem vacinas ou tratamento efetivos, e que provocou em junho sérios danos econômicos, uma vez que motivou uma queda do consumo e mais de 120.000 turistas estrangeiros cancelaram suas viagens para Coreia do Sul. EFE

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