Dengue e chikungunya preocupam São Paulo e vacina não tem previsão para sair

  • Por Jovem Pan
  • 07/02/2015 16h11
SÃO PAULO, SP, 29.09.2014: DAVID UIP/SANTA CASA - David Uip, secretário de Estado de Saúde de São Paulo, durante coletiva em São Paulo, nesta segunda-feira. Comissão Técnica apresenta os resultados de auditoria das contas da Santa Casa de Misericórdia de SP. (Foto: Fabio Braga/Folhapress) Fabio Braga/Folhapress David Uip

O número de casos de dengue preocupa o Brasil e o estado de São Paulo. Foi divulgado que neste sábado que em janeiro o número de casos subiu 57,2% em relação ao mesmo período de 2014.

A Jovem Pan conversou com o médico infectologista Dr. Ralcyon Teixeira e o secretário estadual de Saúde de São Paulo e também médico infectologista, David Uip, sobre o assunto.

Teixeira lembra que “nesse ano, além da dengue, nós estamos com muito medo e receio da chikungunya, que muito provavelmente pode chegar em São Paulo”. O médico explica que a doença similar transmitida pelo mesmo mosquito, Aedes aegypit, pode ter sintomas até mais fortes.

Ele alerta ainda que “qualquer recipiente é potencial para ser criadouro do mosquito da dengue”.

Uip, por outro lado, ressalta que naa propagação da dengue e no combate à doença, há um fator incontrolável: o tempo. “Quando você tem um aumento das chuvas, dos alagamentos, aumenta o risco”.

O secretário avalia também que “a municipalização da saúde, que foi um avanço, foi uma crueldade” no caso da dengue e garante que o “Estado (de São Paulo) está tentando ajudar e muito os municípios”.

O médico-secretário conclama por fim que “nós temos que trabalhar muito forte com os emergencistas, que dão a primeira atenção ao paciente”. O trabalho seria no sentido de orientá-los para a detecção imediata de sintomas suspeitos. Isso facilita o tratamento adequado e a tempo contra o vírus da dengue, explica.

Vacina

David Uip informou ainda que a melhor alternativa, que seria uma vacina contra o vírus, ainda não tem data para estar disponível. “Os resultados preliminares não foram promissores”, informa.

Houve até agora proteção de cerca de 60% para um sorotipo, sendo que a proteção ideal é por volta de 80%. Os investimentos em pesquisas, no entanto, continuam, garante.

Por fim, Uip faz coro a Ralcyon e pede conscientização da população no combate ao mosquito propagador da moléstia. “A população tem que nos ajudar a acabar com essa história de pneu e lixo estocados”, alertou.

Ouça as entrevistas completas no áudio acima.

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