Enfermeira colocada em quarentena em Nova Jersey testa negativo por ebola

Nova York, 25 out (EFE).- Uma enfermeira posta em quarentena em Nova Jersey após tratar doentes de ebola na África testou negativo em um primeiro exame para verificar sua contaminação pelo vírus, informaram neste sábado as autoridades.

A mulher, que não identificada, é a primeira pessoa isolada após as novas normas anunciadas pelos estados de Nova York e Nova Jersey, que vão além das regras federais e determinam pôr em quarentena qualquer pessoa que retorne ao país depois de ter contato com pacientes de ebola, mesmo que não apresentem sintomas.

A enfermeira chegou na sexta-feira ao aeroporto internacional de Newark (Nova Jersey) aparentemente em bom estado de saúde, mas foi isolada porque tinha atendido doentes de ebola em Serra Leoa.

Segundo a imprensa local, pouco depois ela apresentou febre, sendo transferida ao Hospital Universitário de Newark, onde continua internada.

Os governadores de Nova York, Andrew Cuomo, e Nova Jersey, Chris Christie, anunciaram na sexta-feira o reforço dos protocolos para previnir casos de ebola na região, uma das principais portas de entrada dos EUA.

Segundo o plano, os profissionais de saúde que tiveram contato com doentes serão postos em quarenta automaticamente – em princípio, durante 21 dias – como forma de precaução. Outras pessoas que tenham viajado aos países mais afetados pela doença serão submetidas a estrito controle.

A decisão foi tomada depois de, na quinta-feira, ter sido identificado o primeiro caso de ebola em Nova York. Craig Spencer, médico de 33 anos, retornou à cidade após tratar vítimas do vírus na Guiné. Cuomo criticou a atuação do médico por não ter tomado medidas preventivas em seu retorno.

Spencer usou o transporte público e visitou vários outros lugares normalmente quando chegou a Nova York, antes de apresentar os sintomas da doença. Os locais foram revisitados pelas autoridades para eliminar possibilidades de contágio. EFE