EUA elogiam contribuição de Cuba na luta contra o ebola

  • Por Agencia EFE
  • 31/10/2014 18h17

Nova York, 31 out (EFE).- A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Samantha Power, elogiou nesta sexta-feira a contribuição feita por Cuba na luta contra o ebola na África Ocidental e assegurou que seu país está muito agradecido.

“Embora não os tenha encontrado pessoalmente, tenho que elogiar Cuba por enviar 265 profissionais médicos”, declarou Power em um ato organizado em Nova York pela agência de notícias britânica “Reuters”.

“Estamos trabalhando uns ao lado dos outros. Não há um esforço integrado (entre EUA e Cuba), em parte porque a ONU está desempenhando o comando e o controle, mas estamos muito agradecidos”, acrescentou.

A embaixadora americana destacou a rapidez com que Havana reagiu ao surto de ebola e lembrou que, além disso, o governo cubano vai enviar outros 200 profissionais de saúde à África.

“Essa é uma grande carência e uma grande necessidade”, afirmou Power sobre a chegada desse pessoal médico à Libéria, Guiné e Serra Leoa, os três países mais afetados pela doença.

A embaixadora lembrou que, além de tratar diretamente os doentes, os profissionais chegados do exterior contribuem também formando pessoal local para dar resposta à epidemia.

Power, que acaba de retornar de uma visita à África Ocidental, disse sentir-se orgulhosa de ver “americanos, europeus, cubanos ou quem seja com todo equipamento protetor, em um calor abrasador, trabalhando turnos de duas horas, porque isso é tudo o que se pode tolerar nesse traje”.

Há mais de 50 anos, Estados Unidos e Cuba não têm relações diplomáticas e Washington tem imposto sobre a ilha um embargo econômico, comercial e financeiro.

Na terça-feira passada, a Assembleia Geral da ONU pediu a suspensão desse bloqueio, em um momento no qual cresce nos Estados Unidos o debate sobre a possibilidade de uma aproximação com Havana.

Perante a Assembleia das Nações Unidas, o governo americano considerou “louvável” o esforço de Cuba contra o ebola, mas deixou claro que isso “não desculpa o tratamento que o regime dá a seu próprio povo”. EFE

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