França inicia controles sanitários de passageiros vindos da Guiné

  • Por Agencia EFE
  • 18/10/2014 09h58

Paris, 18 out (EFE).- As autoridades francesas começaram neste sábado os controles sanitários dos passageiros de voos vindos da Guiné, os únicos diretos para a capital francesa a partir de um país afetado pela epidemia do vírus ebola.

Uma equipe médica situada na passarela de desembarque de um avião que chegava da Guiné mediu a temperatura das entre 150 e 200 pessoas que estavam no voo com a ajuda de um termômetro de infravermelhos, que evita o contato físico.

Por enquanto, o governo francês não planeja iniciar o controle para passageiros vindos de países afetados que tenham efetuado alguma escala antes de chegar à França.

Os passageiros deste primeiro voo, que aterrissou no aeroporto de Charles de Gaulle-Roissy às 05h55 (local, 0h55 em Brasília), tiveram que prencher também uma ficha detalhada, para poderem ser contatados caso se considere necessário.

Na terminal, a opinião geral é de que o controle tinha sido rápido e realizado sem problemas: “É melhor do que fechar as fronteiras”, afirmava um desses passageiros para a emissora “BFM TV”.

Nesta sexta-feira, sindicatos de trabalhadores da companhia aérea Air France solicitaram o cancelamento dos voos para a Guiné diante do temor de um “risco grave de propagação da epidemia”.

Também ontem o governo francês lembrou que não há nenhum caso confirmado de ebola no país, e destacou que “o sistema sanitário está alerta para detectar o mais rápido possível e cuidar nas melhores condições de qualquer pessoa contaminada”.

A aplicação destes controles no aeroporto foi anunciada na quarta-feira pelo presidente François Hollande após uma conversa com seus colegas de EUA, Alemanha, Reino Unido e Itália. O presidente também afirmou que irá construir novos centros de tratamento contra a doença em Guiné.

Segundo a última apuração da Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia de ebola que afeta Guiné, Libéria e Serra Leoa infectou nove mil pessoas e matou pelo menos 4.500. EFE

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