H1N1 não é o principal vírus da gripe que circula no País neste ano

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O vírus da gripe A que está circulando no Brasil em 2017 é, predominantemente, o do tipo H3N2, da mesma família da H1N1. Ambos são cobertos pela vacina, que começa a ser distribuída nos postos em todo País a partir desta segunda-feira (17).

Essa linhagem provoca reações diferentes no organismo humano: normalmente debilita mais o paciente e abre caminho para outras doenças, explicou Sheila Homsani, diretora médica do laboratório Sanofi Pasteur, fornecedor do Ministério da Saúde. “Interna mais, a pessoa fica mais debilitada, pode evoluir com pneumonia com mais facilidade. Aumenta o risco de maior complicação. Bronquiolite é uma complicação da gripe”, disse.

A cepa coirmã, H1N1, é mais agressiva. Foi responsável no ano passado por 10 mil e 600 casos e quase duas mil mortes.

Para comparar: De janeiro a abril de 2017, o número de registros não ultrapassou os 21.

Os vírus têm ciclos bastante diferentes, segundo os infectologistas.

Neste ano, o subtipo mais comum, de acordo com o Ministério da Saúde, é o H3N2, com 158 casos. Vinte deles evoluíram para síndrome respiratória grave e morreram.

Segundo o pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas e do Hospital Sírio-Libanês, Paulo Taufi Maluf Júnior, o público mais suscetível é formado por crianças e idosos. “Esses dois grupos sempre precisam ser protegidos, porque a gripe é doença debilitante, causa fragilidade imunológica e propicia o advento de outras doenças. Portanto, a gripe não é uma doença que dá um pouco de espirro e tosse e logo passa”, explicou.

E é por isso que eles são os primeiros da fila na Campanha de vacinação. Nesta segunda-feira, os idosos já podem procurar pelas doses. Na semana que vem, crianças, mães que acabaram de dar à luz e indígenas.

A vacina trivalente, distribuída de graça nos postos, também protegerá professores e portadores de doenças crônicas como diabetes e pressão alta de todos esses vírus. Na rede particular, já está à venda – a partir de R$ 130 em SP – a dose tetravalente. Mais reforçada, ela contém proteção contra quatro vírus de influenza.

*Informações da repórter Carolina Ercolin