Já há 80 pessoas em observação nos EUA por contato com paciente ebola

  • Por Agencia EFE
  • 02/10/2014 12h36

Atlanta (EUA), 2 out (EFE).- Ao todo, 80 pessoas estão em observação, após ter contato com o primeiro paciente diagnosticado com ebola nos Estados Unidos ou com um de seus amigos e parentes.

Profissionais de saúde locais, estaduais e federais tentam acalmar os temores em Dallas (Texas) informando que mantêm em vigilância estas pessoas, entre elas algumas crianças que tiveram contato próximo com o liberiano Thomas Eric Duncan ou com pessoas que estiveram com ele.

“As autoridades de saúde do Texas e do condado de Dallas ordenaram a quatro membros próximos da família do paciente nessa cidade a permanecerem em casa e não receber visitas para prevenir a possível propagação da doença”, explica o comunicado emitido hoje pelo condado.

A porta-voz do Departamento de Saúde e Recursos Humanos de Dallas, Erikka Neroes, disse hoje à imprensa que após uma pesquisa determinaram que estas 80 pessoas são “os contatos” que devem estar sob supervisão, embora o doente tenha estado realmente apenas com 12 ou 18 delas. Erikka informou que nenhuma delas mostrou sintomas da doença e que todas receberam informação detalhada sobre o ebola, que causou a morte mais de três mil pessoas na África Ocidental.

Duncan, de 42 anos e que vive na Monróvia, Libéria, permanece no Hospital Presbiteriano de Saúde do Texas, enquanto as autoridades tentam resistir aos possíveis efeitos que tenha causado a alta que teve por dois dias, depois que ele foi ao centro médico na sexta-feira passada. Nesse dia, o liberiano foi pela primeira vez ao hospital com febre e dores abdominais, mas os médicos o enviaram para casa com antibióticos sem levar em conta que vinha da Libéria.

Duncan voltou ao hospital no domingo, quando foi isolado e, posteriormente, diagnosticado com ebola, mas esses dois dias foram fundamentais para uma potencial propagação do vírus entre as pessoas com as quais teve contato. A cidade tem uma grande comunidade liberiana.

Especialistas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, com sede em Atlanta, foram para Dallas para colaborar no tratamento e pesquisa do caso. EFE

ims/cdr

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.