Médico cubano infectado por ebola evolui de forma positiva

  • Por Agencia EFE
  • 25/11/2014 16h28

Genebra, 25 nov (EFE).- O médico cubano Félix Báez Sarría, que contraiu ebola em Serra Leoa, evolui de forma positiva e a presença do vírus em seu sangue se reduziu notavelmente, informou nesta terça-feira o Hospital Cantonal de Genebra.

“Observamos uma melhora de seu estado clínico… seu estado melhorou de forma considerável. Não tem febre e começou a alimentar-se”, disse o chefe da Unidade de Terapia Intensiva, Jerome Pugin, responsável pelo atendimento ao profissional cubano.

A melhora é observada desde ontem e os tratamentos experimentais administrados – uma combinação de plasma artificial que contêm anticorpos e de um antiviral – parecem ter o impacto desejado.

“A taxa do vírus em seu sangue é muito débil, quase não detectável em alguns líquidos biológicos. Nos próximos dias poderia passar ao estado de não infeccioso”, disse por sua parte o chefe do serviço de doenças infecciosas, Laurent Kaiser.

O paciente foi levado à Suíça na quinta-feira passada com problemas de coagulação sanguínea, gastrintestinais e respiratórios, extremamente fraco, e sua melhoria começou a ser percebida no sexto dia de tratamento, relatou Pugin em entrevista coletiva.

Embora estável, o paciente chegou ao hospital suíço em estado grave, o que fez os médicos temerem que sua situação pudesse piorar muito rapidamente.

Nas últimas horas, Báez mostrou claros sinais de melhora, se sentou em uma poltrona, começa a recuperar a energia e seu estado anímico é bom, descreveu o responsável pela Unidade de Terapia Intensiva.

Segundo o hospital, entre 40 e 50 pessoas trabalham no atendimento do doente e todas as que entram em seu quarto, com o equipamento de proteção apropriado, fazem-no de forma voluntária.

Báez fazia parte de uma brigada de mais de uma centena de profissionais cubanos enviados a Serra Leoa, em coordenação com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para lutar contra a epidemia de ebola.

A OMS assumiu as despesas totais de sua hospitalização e tratamento. EFE

is/rsd

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