Última paciente de ebola da Libéria recebe alta

  • Por Agencia EFE
  • 05/03/2015 12h50

Monróvia, 5 mar (EFE).- A Unidade de Tratamento do ebola (UTE) em Monróvia deu alta nesta quinta-feira a Beatrice Yardolo, a última paciente com ebola que restava na Libéria e que após duas semanas de tratamento deixou o centro com seus próprios pés, segundo o diretor do local, o coronel chinês Yang Haiwei.

Em cerimônia organizada no complexo esportivo Samuel K. Doe, Yardolo se despediu da unidade em uma cerimônia que contou com a presença de membros da equipe médica chinesa e autoridades liberianas. O governo local confirmou que não há mais casos de ebola em nenhum dos 19 centros de tratamento instalados no país.

Yardolo, que completará 50 anos em breve, demonstrou estar emocionada por poder deixar a clínica, apesar do ebola ter matado quatro de seus filhos.

A mulher foi internada na unidade de Paynesville em 18 de fevereiro com o vírus em um estado muito avançado. O coronel Yang comemorou que “após 15 dias de tratamento ela pôde superar a doença e se tornar o sexto paciente curado na UTE”.

Sua filha, que também foi internada no centro vítima do ebola, não conseguiu se recuperar e morreu antes de ser medicada.

“Por enquanto, Beatrice Yardolo é o último caso da doença confirmado na Libéria, o que representa um êxito tanto da equipe médica chinesa como das autoridades liberianas e de toda a comunidade internacional”, declarou Yang.

No entanto, o diretor do centro ressaltou que não se pode baixar a guarda, pois caso contrário “esta poderia ser apenas uma vitória temporária”.

O diretor do Sistema de Gestão do Ebola e secretário-geral de Serviços Preventivos do Ministério de Saúde, Tolbert Nyenswah, comemorou a alta de Beatrice Yardolo como “um grande dia” para todo o país, que passou por momentos muito críticos nos meses de epidemia.

“Nos últimos 13 dias a Libéria não registrou nenhum caso confirmado de ebola e nas últimas três semanas só houve seis novos diagnósticos”, acrescentou Nyenswah.

O funcionário frisou ainda que em 13 dos 15 distritos do país não são detectados novos casos há 42 dias. EFE

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