Vacina contra dengue deve começar a ser aplicada no final de 2017, diz Alckmin

  • Por Jovem Pan
  • 01/06/2016 15h30
Evandro Oliveira / PMPA Vacina

O governador de São Paulo teve na manhã desta quarta-feira (1º) uma reunião com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, para tratar da vacina contra a dengue, que deve começar a ser aplicada apenas no final do ano que vem.

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, Geraldo Alckmin (PSDB) ressaltou que os testes para a vacina encontram-se na última fase – Fase 3 – para a comprovação de eficácia e a produção em escala industrial. A vacina é a tetravalente contra os quatro sorotipos de dengue em apenas uma dose.

“As fases 1 e 2 foram muito bem sucedidas. Agora, na fase 3, serão 14 centros e 12 Estados brasileiros. Começa na semana que vem na Amazônia. Na outra semana em Sergipe. Aqui em São Paulo, além da capital, também em São José do Rio Preto”, disse.

A vacinação, no entanto, deve ter início apenas no final de 2017, segundo o governador. A data refere-se ao tempo que o Instituto Butantã demandaria para testar os quatro sorotipos da doença pelo Brasil e, desta forma, conseguir demonstrar a eficácia da vacina e obter a aprovação da Anvisa.

Os testes com a vacina contarão com 17 mil voluntários. Doze mil recebem a vacina, enquanto cinco mil recebem o placebo. “Aí é feito o acompanhamento. A gente espera, até o fim do ano, ter as 17 mil pessoas vacinadas e a análise sorológica falando da eficácia da vacina. Será um caso único no mundo”, destacou o governador de São Paulo.

“A dengue é uma doença viral e a vacina é o melhor meio de combatê-la. Estamos extremamente otimistas. Hoje tive reunião em Brasília com o ministro Ricardo Barros”, lembrou.

O Ministério da Saúde já liberou R$ 33 milhões e deve liberar nos próximos dias mais R$ 33 milhões, segundo o governador paulista. Além disso, o Instituto Butantã e o Estado estão colocando recursos. “Estamos bastante otimistas com a possibilidade de termos até o final do ano a conclusão da fase 3 para, aí sim, ter a aprovação da Anvisa”, disse.

Atualmente, sem a vacina, o tucano relembrou a necessidade da continuidade do combate ao mosquito e aos focos de procriação deste. “Nós estamos com redução de casos muito grande. Comparando o mês de maio com o mesmo mês do ano passado, uma queda enorme. Daqui para frente vai cair mais ainda, porque o mosquito gosta de calor e chuva. Mas não vamos esmorecer no trabalho. De casa em casa combatendo o mosquito”, prometeu.

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