Vacina experimental do ebola é aprovada no primeiro teste em humanos

  • Por Agencia EFE
  • 27/11/2014 15h08

Washington, 27 nov (EFE).- Uma vacina experimental do ebola desenvolvida nos Estados Unidos foi aprovada no primeiro teste em humanos, gerando uma resposta imune à doença sem efeitos colaterais graves nos 20 voluntários que a receberam, segundo um estudo publicado pelo “New England Journal of Medicine”.

O teste clínico começou em setembro nos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) e os resultados são suficientemente promissores para a realização de um estudo maior com milhares de participantes da África Ocidental, onde o surto começou e continua fazendo estragos.

A resposta dos 20 voluntários que receberam a vacina “é muito comparável” à que protege os animais do vírus, segundo o doutor Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, órgão que colaborou no teste clínico realizado em um centro dos NIH em Bethesda, no estado de Maryland.

A vacina, desenvolvida pela GlaxoSmithKline, usa um vírus do resfriado comum chamado adenovírus, que normalmente infecta os chimpanzés, manipulado geneticamente com pequenas amostras de ebola.

Os 20 voluntários vacinados no teste clínico geraram anticorpos contra o ebola e somente dois dos que receberam a dose mais alta tiveram febre de curta duração. As pessoas que receberam a dose mais alta desenvolveram uma resposta mais forte.

Isso pode ser um problema, já que quanto maior for a dose necessária para gerar a imunidade, mais difícil e custoso será produzir a vacina em quantidades necessárias para enfrentar o surto na África Ocidental e conter o avanço do vírus.

O presidente dos EUA, Barack Obama, deverá visitar na terça-feira o centro dos NIH onde foi realizado o teste clínico para parabenizar os funcionários e voltará a tentar no Congresso a aprovação dos US$ 6,18 bilhões solicitados por seu governo para conter a expansão do vírus antes do final do ano.

Desde março foram registrados 15.351 casos de infecções por ebola, com 5.459 mortes, segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os países mais afetados pela epidemia são Libéria, Serra Leoa e Guiné. EFE

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