Senado prevê 20h para votar impeachment e Aloysio Nunes declara: “seria excessivo”

  • Por Jovem Pan
  • 08/05/2016 12h41
Senador Aloysio Nunes durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça de Luiz Edson Fachin, indicado pela presidenta Dilma Rousseff para ministro do STF (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil Senador Aloysio Nunes Ferreira

Após o Senado prever que a sessão para voto do parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) pode ultrapassar 20 horas, o senador pelo PSDB Aloysio Nunes Ferreira declarou não ver necessidade em discursos tão longos por parte dos colegas durante a votação do impeachment no Senado.

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o tucano afirmou: “não creio que seria necessário 15 minutos para cada um. Talvez depois, quando houver o julgamento do mérito, se comporte isso. Acho que seria excessivo. Não precisa”.

Caso os 81 senadores falem noplenário da Casa, teria-se um total de aproximadamente mais de 20 horas de sessão, o que levaria a sessão para votar o parecer favorável ao impedimento da presidente Dilma Rousseff para a madrugada e a votação para a manhã de quinta-feira (12). “Não é o caso de eternizarmos a sessão”, complementou o senador.

Com o tempo de sessão muito longo, que terá início na quarta-feira (11), esta poderá vir a ser interrompida e retomada novamente na quinta-feira (12), o que adiaria o provável afastamento da presidente Dilma Rousseff. Mas, para Aloysio Nunes Ferreira, não há “dúvida nenhuma” de que a petista será afastada já na quarta: “para mim isso está consolidado. É preciso maioria simples e, pelo que se observou na comissão especial do Senado, não há dúvida quanto ao resultado”.

Durante a semana, o ex-presidente Lula afirmou que “o jogo não acaba” com a possível admissibilidade do processo pelo Senado e o consequente afastamento da presidente Dilma Rousseff. Em resposta, o tucano ressaltou a situação “complicada” do ex-presidente e disparou: “se eu fosse ele, colocaria as barbas de molho”.

Eventual Governo Temer

Questionado se o PSDB participaria efetivamente em um eventual Governo de Michel Temer, o senador destacou a participação do partido no processo de impedimento até o momento.

“Seria impensado nós simplesmente cruzarmos os braços. Temos a obrigação de ajudar o presidente Michel Temer”, afirmou. Sobre a presença de tucanos em cargos ministeriais, Aloysio Nunes declarou apenas que deixarão “o presidente à vontade” para montar sua equipe.

Delcídio Amaral

Neste sábado (07), em entrevista à Jovem Pan, o relator do caso do senador e ex-líder do Governo afirmou que é “absolutamente certo” que Delcídio será afastado de suas funções públicas.

O andamento do processo contra o senador será dado a partir desta segunda-feira (09) e, na terça, o plenário da Casa deve se pronunciar. Aloysio Nunes Ferreira afirmou que o que vai se analisar “não é o conjunto da delação, mas o episódio em que ele se propõe a dar fuga a Nestor Cerveró para evitar que este fizesse delação”.

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