Aécio Neves emite nota sobre as medidas recentemente adotadas pelo governo federal

  • Por Jovem Pan
  • 22/01/2015 11h48

Reinaldo, Aécio Neves, presidente do PSDB, disse que seu partido lutará contra o pacotação fiscal de Dilma? O que você acha disso?

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), emitiu nesta terça-feira uma nota sobre as medidas recentemente adotadas pelo governo federal. Vou ler a íntegra para vocês:

“A presidente Dilma inicia o seu novo mandato cortando direitos trabalhistas e aumentando impostos. Com isso, trai os compromissos assumidos com a população durante a campanha eleitoral.

Hoje, a presidente vetou o reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF) que havia sido aprovada no Congresso Nacional com o objetivo de garantir a correção da tabela pela inflação. Na prática, isso significa que o governo está aumentando o Imposto de Renda a ser pago pelos brasileiros.

O brasileiro tem sido a grande vítima da incompetência e das contradições do governo do PT. Ontem, o país foi vítima de um grande apagão de energia e surpreendido com o anúncio de aumentos de impostos.

O pacote de medidas anunciado pelo governo aumentará o preço de combustível, cosméticos, produtos importados e operação de créditos. Trata-se de mais um exemplo do estelionato praticado na campanha eleitoral para reeleger a presidente. Os discursos e programas de TV do PT abusaram do terrorismo político, afirmando que a oposição promoveria arrocho, aumento de impostos e redução dos benefícios sociais. Não era verdade. O PT está fazendo o que falsamente disse que a oposição faria.

É inaceitável que medidas dessa magnitude, que afetarão a vida de milhões de famílias, sejam tomadas sem nenhum debate com a sociedade.

A oposição vai se mobilizar no Congresso Nacional para impedir que medidas que penalizam parcelas expressivas da população, em especial o trabalhador brasileiro, sejam implantadas.

Senador Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB”

É isso aí. Não cabe à oposição governar, mas fazer a devida crítica ao governo federal. A política não pode ser vivida como um estelionato permanente. Se a presidente Dilma achava necessárias as medidas em curso, que o dissesse. Em vez disso, a petista garantiu que elas compunham o rol de intenções de seu adversário: justamente Aécio Neves.

O adesismo da oposição e da imprensa ao estelionato de Lula, desde 2003, resultou em quê? Há quem ganhe e quem perca com as medidas adotadas por Dilma. A oposição precisa dar os devidos nomes.

A propósito: a Fundação Perseu Abramo, do PT, largou o braço nas medidas econômicas adotadas por Dilma. Está lá: “O problema é que, diante da continuidade de um mundo em crise e da desaceleração abrupta do mercado interno (último motor de crescimento da economia nacional que ainda funcionava), a possibilidade de esses ajustes aprofundarem as tendências recessivas da economia nacional não é desprezível”.

O texto diz ainda que o pacote fiscal “indica uma clara inflexão na estratégia da política econômica” e que o governo Dilma abandonou a agenda de incentivo à competitividade das empresas, como desonerações tributárias. Então tá. Será que é possível, a exemplo de 2003, de o petismo, sendo governo, criticar o governo, e a oposição, sendo oposição, elogiá-lo?

Aécio está certo. Quem tem o bônus de governar tem de ter o ônus. A propósito: o ônus da oposição é ficar fora do poder; o bônus, a liberdade de crítica. Isso não se confunde com sabotagem. Trata-se apenas de clareza.

 

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