Agosto desgostoso: é preciso que Dilma reconheça que faz mal ao Brasil

  • Por Rachel Sheherazade/ JP
  • 10/08/2015 13h27
Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. 17/06/2015 REUTERS/Bruno Domingos REUTERS/Bruno Domingos Dilma Rousseff

Agosto começou mal para a presidente Dilma. Só na primeira semana, a mandatária foi derrotada na Câmara, apunhalada por petistas no parlamento, abandonada por dois partidos da base aliada, rejeitada por 71 por cento dos brasileiros na Pesquisa Datafolha… E para completar a semana, na sexta-feira, a presidente foi saudada, de norte a sul, com um sonoro panelaço, em razão da propaganda do PT na TV.

Tudo isso é só o princípio das dores, pois a grande tribulação ainda está por vir.

Domingo, dia 16, os insatisfeitos prometem tomar as ruas do país e exigir, novamente, a saída da presidente.

Aliás, há mais de uma dezena de pedidos de impeachment contra ela esperando apreciação da Câmara.

As pedaladas fiscais também ameaçam o mandato da presidente.

As bombásticas CPIs do BNDES e dos fundos de pensões prometem dar muita dor de cabeça à mandatária.

Isso sem falar nas investigações da Lava Jato que já colocam em cheque o financiamento da campanha petista.

Em suma, a presidente vive seu pior inferno astral.

Para fugir da crise, Dilma fechou os jornais. Segundo a Folha, a presidente não lê mais notícias, não assiste ao noticiário, ou seja, está em processo de negação da realidade.

Mas, se Dilma não consegue nem encarar a crise que ela mesma criou, como poderá vencê-la?

Em pronunciamento, o vice Michel Temer foi preciso em seu ato falho: “o Brasil precisa de alguém que tenha capacidade de reunificar todos” . Certamente, não é Dilma Rousseff quem vai reunir o que o PT desuniu.

Quanto mais ela sobreviver neste estado moribundo, de coma político, mais difícil será para o país sair do caos.

É preciso que Dilma tenha a humildade de reconhecer que faz mal ao Brasil. Que tenha a nobreza de deixar o Governo antes que o país inteiro afunde junto com ela.

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