Começa a disputa pelo apoio do Planalto à Presidência da Câmara

  • Por Jovem Pan
  • 18/10/2016 11h48

Indicações de Imbassahy (PSDB) e Jovair Arantes (PTB) podem causar conflitos entre tucanos e o centrão no momento em que Temer quer base unida para votar as medidas do ajuste fiscal

Montagem/Agência Brasil e Agência Câmara Imbassahy (PSDB

A base aliada resolveu antecipar um debate que, para o governo, seria melhor se ocorresse mais para frente, quando a PEC do teto já estivesser concluída. É a briga pela sucessão na presidência da Câmara. As informações são da colunista Jovem Pan Vera Magalhães.

Rodrigo Maia (DEM) hoje cumpre um mandato tampão após a saída de Eduardo Cunha e em fevereiro do ano que vem já há eleição. Isso tumultua a base de Temer em um momento crucial.

Nesta segunda (17) teve um jantar com deputados do centrão (PR, PSD, PP, PTB e outros), que quer lançar candidato próprio – o líder do PTB, Jovair Arantes, que foi relator do impeachment na comissão especial.

Essas siglas, deste modo, afrontam outra candidatura: a de Antonio Imbassahy, do PSDB. Os tucanos querem apoio de temer para Imbassahy. O PSDB deseja ter o protagonismo político para disputar a presidência em 2018.

Histórico

Começa a disputa pelo apoio do Planalto à Presidência da Câmara. Apesar de esse pleito ser algo interno, tem alta relevância política, como apontam exemplos históricos.

Foi com uma disputa para a Presidência da Câmara que começou a implodir a base de Fernando Henrique Cardoso. Aécio Neves se candidatou ao cargo, afrontando o então PFL, da base de FHC.

O governo Lula começou a enfrentar problemas quando Severino Cavalcanti, que era um deputado do baixo clero e da base, disputou e ganhou a cadeira do petista Luiz Eduardo Greenhalgh

Por fim, recentemente, Dilma tentou peitar a candidatura de Eduardo Cunha.

Lava Jato

Outra nuvem que paira sobre governo são as delações da Lava Jato. Elas começam a chegar perto do núcleo de Michel Temer.

O ministro Moreira Franco teria cobrado propina para tirar do horizonte um aeroporto regional em Caieiras, interior de São Paulo, que seria de uma concorrente da Odebrecht.

Todos no Planalto negam, mas os assessores estão preocupados. Pessoas ligadas a Temer informam que Moreira Franco está preservado no cargo de secretário do PPI, o Programa de Parcerias de Investimentos, mas o caso vai ser observado com atenção.

Pois não pode, na reta final de votações tão importantes, ter um problema no Palácio do Planalto com pessoas tão próximas ao presidente.

Copom

Vera informou ainda que o governo tem grande expectativa pela possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzir a taxa de juros.

Ouça todos os detalhes no vídeo mais acima.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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