Ao final do século, muçulmanos devem superar número de cristãos pela 1ª vez

  • Por Caio Blinder/ JP Nova Iorque
  • 26/12/2015 12h50
WILTON JUNIOR/AGÊNCIA ESTADO/AE Fiéis de várias religiões participam da segunda Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa

A campanha eleitoral americana deve esquentar bastante depois deste feriadão de natal e ano novo. Votação será em dezembro e teremos é claro um tsunami de pesquisas políticas, mas no meu comentário de saideira de ano antes de alguns dias de férias aproveito para falar de uma pesquisa, mas não eleitoral, e sim de religião. E a fonte é o meu instituto de pesquisas favorito nos Estados Unidos, o Pew.

Então, vamos lá. Ao final do século, os muçulmanos deverão superar o número de cristãos pela primeira vez na história. Como diz o diretor de pesquisas religiosas do Instituto Pew, Alan Cooperman, é verdade que o cristianismo tem uma vantagem de sete séculos sobre o Islã, que está finalmente ganhando espaço na corrida com a religião com mais fiéis no mundo.

O cristianismo tem 2,2 bilhões de fiéis, ou seja,1/3 da população global. Pelas projeções do Instituto Pew, o islã é a religião no mundo que cresce com mais velocidade. E assim, contará com 30 por cento da população do planeta em 2050, em relação aos 23 por cento nos dias de hoje, quase atingindo a marca cristã. Se o crescimento continuar no ritmo atual, então o islã deve conquistar a liderança em 2070.

Tal crescimento é devido a relativamente jovem idade da população muçulmana, assim como sua taxa de fertilidade. Outras religiões têm populações mais velhas. Um exemplo significativo é o budismo.

Outro dado interessante da pesquisa. Embora esteja em alta na Europa e Estados Unidos,o segmento de ateus, agnósticos e aqueles sem filiação com alguma religião deve encolher no mundo por volta de 2050. Isto porque as mulheres neste segmento têm menor taxa de fertilidade.

Bem, como eu disse no começo este é meu boletim saideira em 2015. Eu devo retornar das férias em 7 de janeiro. Já escutei muita piada por estes dias que com a situação política e econômica no Brasil, só dá para desejar feliz 2019. No entanto, serei convencional. Aos meus ouvintes e ao Brasil, um feliz 2016.

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