Chavismo consolida ditadura com golpe de Estado na Venezuela

  • Por Caio Blinder/Jovem Pan Nova Iorque
  • 31/03/2017 08h55
CAR03. CARACAS (VENEZUELA), 07/03/2017.- Fotografía cedida por el Palacio de Miraflores que muestra al presidente venezolano, Nicolás Maduro (i), mientras saluda al actor estadounidense, Danny Glover (d), durante un encuentro con la llamada "Red de Intelectuales" hoy, martes 7 de Marzo de 2017, en Caracas (Venezuela). El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, dice que no va a soportar más "conspiraciones" ni "agresiones" por parte del secretario general de la Organización de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, y aseguró que dará una respuesta "contundente" a él y a "sus socios mafiosos". EFE/PALACIO DE MIRAFLORES/SOLO USO EDITORIAL/NO VENTAS EFE/PALACIO DE MIRAFLORES Presidente da Venezuela Nicolás Maduro

O chavismo choca, mas não surpreende com suas ações. Com razão, a oposição da Venezuela acusou na quinta-feira o presidente Nicolás Maduro de empreender um golpe de estado.

Não há outra forma para definir a decisão do Supremo Tribunal de Justiça, um mero acessório do regime, de remover as atribuições da Assembleia Nacional, que tem maioria da oposição. A sentença 156 consolida a ditadura chavista.

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O presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges, implorou que o mundo ajude a oposição a dizer com todas as letras: Maduro deu um golpe de estado.

E com todas as letras, Julio Borges disse que a decisão do Supremo Tribunal de Justiça é lixo. O anúncio nada higiênico foi feito na quarta-feira à noite. Imagine, o Judiciário assumiu funções do Legislativo para garantir o estado de direito, alegando que houve desacato de várias de suas sentenças.

Já esta semana, o Supremo removeu a imunidade parlamentar e conferiu atribuições especiais ao presidente Maduro em matérias penais, econômicas, políticas e militares. Na sua arenga, Maduro disse que a sentença é histórica, pois ele estará habilitado para defender as instituições e a paz, além de rechaçar as ameaças de agressão e intervencionismo externos.

O chavismo é uma fera acuada e este novo golpe é uma reação ao empenho da OEA para ativar a Carta Democrática, ou seja, suspender a Venezuela pelo desrespeito à democracia, numa pressão com apoio da oposição na Assembleia Nacional.

E Maduro e seus capachos no Judiciário acusam os deputados da oposição de traidores da pátria. A oposição promete mobilizações de rua contra o chavismo, que parece disposto a ir às últimas consequências para destruir a pátria.

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