Crise norte-coreana segue assombrando o mundo

  • Por Caio Blinder/Jovem Pan Nova Iorque
  • 17/04/2017 11h16
HHY24. Pyongyang (Korea, Democratic People's Republic Of), 15/04/2017.- North Korean soldiers march during a parade for the 'Day of the Sun' festival on Kim Il Sung Square in Pyongyang, North Korea, 15 April 2017. North Koreans celebrate the 'Day of the Sun' festival commemorating the 105th birthday anniversary of former supreme leader Kim Il-sung on 15 April as tension over nuclear issues rise in the region. EFE/EPA/HOW HWEE YOUNG EFE/EPA/HOW HWEE YOUNG Soldados marcham durante parada bélica do “Dia do Sol” em Pyongyang

Aqui vai um aterrador teste de matemática: o que representa o número 14.923? É o número de armas nucleares no mundo, de acordo com estimativas do Boletim de Cientistas Atômicos.

Os números dos russos e dos americanos são monstruosos, mas o que realmente gera uma inquietação urgente é o arsenal do monstrinho norte-coreano (ainda um dígito).

A crescente crise norte-coreana apenas confirmou que 2017 é um divisor de águas na ameaça de guerra nuclear.

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As relações entre as duas grandes potências nucleares, EUA e Rússia, estão num ponto baixo. Vladimir Putin é um habilidoso e imprevisível jogador no xadrez geopolítico e Donald Trump, no mínimo é imprevisível.

As provocações norte-coreanas e a escalada de tensões sobre como lidar com o desafio de um doido regime nuclear mostram como o cenário piorou desde janeiro quando o Boletim dos Cientistas Atômicos adiantou o seu Relógio do Juízo Final em 30 segundos. A virada em janeiro indicou que a humanidade estava a apenas dois minutos e trinta segundos da meia-noite apocalíptica.

Não se sabe com precisão o número de bombas já fabricadas pelos norte-coreanos (mas, sabemos que eles ainda não conseguem miniaturizá-la para um lançamento com míssil balílistico). Por estimativas, isto talvez leve mais dois anos. Inadmissível para a humanidade esperar que isto aconteça.

E a Coreia do Norte roubou a cena global no fim de semana. Em meio à expectativa em todas as partes, o regime aloprado celebrou no sábado o Dia do Sol, seu feriado solene para lembrar o data de nascimento de Kim Il Sung, fundador daquela miséria nuclear, hoje sob o comando do neto Kim Jong-un.

O espetáculo assombroso correu conforme se esperava, ao contrário do teste com míssil no day after. Foi um fracasso. O míssil balístico explodiu segundos depois do lançamento. O teste fracassado foi mais teste para o novo governo de Donald Trump, que lançou seus mísseis na Síria e a mãe de todas as bombas no Afeganistão.

Mas, eu confesso ter tanto medo dos mísseis como das cenas de soldados robotizados marchando a passo de ganso nos festejos de sábado. Não sei como será possível acabar com este regime sem algum tipo de hecatombe.

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