Dia do Presidente nos EUA e o clima de “eu era feliz e não sabia”

  • Por Caio Blinder/Jovem Pan
  • 20/02/2017 05h57
MCX34 WASHINGTON DC (ESTADOS UNIDOS) 20/01/2017.- Vista de la Casa Blanca al amanecer en Washington DC (Estados Unidos) hoy, 20 de enero de 2017. El presidente electo, Donald Trump, junto con su esposa y familia, el vicepresidente, Mike Pence, y miembros de su equipo dio hoy inicio al día en que será investido presidente de Estados Unidos con la asistencia a un servicio religioso en una iglesia frente a la Casa Blanca. EFE/Kevin Dietsch / Pool EFE/Kevin Dietsch Amanhecer na Casa Branca no dia em que recebeu Donald Trump como presidente dos EUA

Esta segunda-feira é feriado nos EUA, Dia do Presidente, inventado para marcar a data do nascimento do pai fundador e primeiro presidente, George Washington, nascido em 22 de fevereiro de 1732 (o feriadão é sempre celebrado na terceira segunda-feira de fevereiro).

Hoje é celebração do quadragésimo-quinto presidente, Donald Trump, do seu primeiro mês de gestão. Mas, deixa para lá. Por que falar do seu primeiro mês ou mesmo do seu primeiro mandato? O homem na sexta-feira fez comício na Flórida para lançar sua candidatura ao segundo mandato em 2020. Deixa isto para lá também. Vamos falar dos 44 antecessores daquele que já se considera o maior presidente na história deste país.

No entanto, inspirados pelo modus operandi do 45 vamos falar de ranking, ao estilo de reality-show: quem sobe, quem desce, quem é demitido, quem vai para o paredão. Acaba de sair o ranking da C-Span, a TV pública, o terceiro desde 2009. Sem breaking news nos primeiros três colocados. O primeirão é Abraham Lincoln, seguido pelo pai fundador George Washington e a terceira colocação fica com Franklin Roosevelt.

Debate justo pela não colocação do primeiro presidente como o primeiro no ranking, pois ele ganhou na guerra e na paz, costurando a união nacional. No entanto, existe pouco debate que GW, Lincoln e Franklin Roosevelt são os três gigantes da pátria nas listas mais sérias e mais amadoras. Tampouco, existe muita polêmica sobre o lanterninha. A honraria quase sempre cabe a James Buchanan, que não viu a Guerra Civil se avizinhando.

As guerras civis entre historiadores profissionais e amadores costumam acontecer sobre os outros 41 homens que já chefiaram os EUA. Os critérios metodológicos e ideológicos permitem elasticidade no ranking. Para ficar em dois nomes mais familiares, Lyndon Johnson e Ronald Reagan oscilam bastante no ranking. Reagan é o santo padroeiro dos republicanos hoje em dia (Lincoln, é claro, tratado como Deus por todos), enquanto Johnson ganha e perde de acordo com a postura de cada juiz da história sobre ativismo social do governo.

A banca julgadora da C-SPAN é composta de 91 historiadores presidenciais e gente considerada do ramo, incluindo 10 atributos para a escolha que vão de “autoridade moral” a “desempenho no contexto da época”. Em termos históricos, eu considero um exagero já atribuir a Barack Obama a décima segunda posição. O homem deixou o cargo há um mês.

E George W. Bush é cada vez menos tratado como um presidente execrável ou chegando perto de James Buchanan como o pior. Ganhou pontos neste ranking. Agora é numero 36. É o efeito da já “histórica” era Trump e o clima “de que você era feliz e não sabia” antes de 20 de janeiro de 2017.

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