Jornalista Bret Stephens prega “mente aberta” com Trump

  • Por Jovem Pan
  • 19/11/2016 10h54
CDA036. LAS VEGAS (EE.UU.), 19/10/2016.- El candidato a la Presidencia de EEUU por el partido Republicano Donald Trump durante el debate con su rival demócrata Hillary Clinton hoy, miércoles 19 de octubre de 2016, en la Universidad de Nevada en Las Vegas (EE.UU.). EFE/JIM LO SCALZO EFE/JIM LO SCALZO Donald Trump em debate presidencial contra Hillary Clinton em Las Vegas

Qual é o papel de um jornalista de opinião, de um comentarista, de um colunista diante do poderoso de plantão? A resposta óbvia é a independência. Então conto aqui a história de Bret Stephens, que pode ser definido como um influente jornalista conservador americano, que tem coluna no conservador The Wall Street Journal e é presença constante em debates na televisão.

Stephens é um crítico frequente de Barack Obama, a destacar sua política externa. Ele pegou pesado quando o atual presidente concorreu em 2008 e em 2012. Argumentou que a aura de grande comunicador conferida a Obama era exagerada, achava uma bobagem as suas promessas messiânicas e ficou assustado com o culto à personalidade montado para o mensageiro do slogan “esperança e mudança”.

Partidários de Obama pegaram pesado contra Bret Stephens, mas ele diz que isso nem de longe se compara à artilharia dos partidários de Donald Trump, com as promessas habituais de boicotá-lo ou de cancelar a assinatura do jornal. Sim, Bret Stephens está entre os conservadores que jamais acreditaram que o presidente eleito levaria os americanos à Terra Prometida.

Stephens diz que “estava quase certo” que Trump perderia a eleição. Explica que agora o presidente eleito merece uma “mente aberta” dos jornalistas e que seria não patriótico torcer contra ele. No entanto, o jornalista não se considera convencido por Trump, que deveria entender que ele tem uma dívida à nação e não o contrário. E mais: o papel de um colunista como ele não é conquistar a concordância dos leitores, mas transmitir sua independência.

E Stephens dispara diretamente contra o site Breitbart, cujo ex-chefão Steve Bannon foi escolhido por Trump para ser seu conselheiro e estrategista na Casa Branca. Stephens se considera um jornalista de opinião, e qualifica o site Breitbart como um braço de propaganda de Trump, uma máquina de agitprop.

Stephens, como eu disse, promete manter a “mente aberta” sobre Trump, mas alerta seus seguidores contra slogans redentores do tipo “fazer a América grande novamente”. Ele arremata que um jornalista responsável é como um interlocutor respondendo à sua companhia. Falar não é ecoar.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.