Tiros contra jornalistas reacendem debate sobre a cultura das armas nos EUA

  • Por Jovem Pan - Nova Iorque
  • 26/08/2015 16h07
Reprodução Vídeo mostra atirador; veja imagens das vítimas

Há um clima de comoção nos Estados Unidos nesta quarta-feira (26) devido ao assassinato ao vivo de uma jornalista e um cinegrafista que faziam uma reportagem no estado da Virgínia, informa o correspondente internacional da Jovem Pan Caio Blinder.

Virgínia já foi palco de outra tragédia, há 7 anos, quando um estudante matou 32 pessoas em uma universidade do estado.

De acordo com Blinder, o que impressiona nesse caso é o fato de que a repórter e o cinegrafista faziam uma reportagem banal, sobre turismo na região. O suspeito era um ex-funcionário dessa emissora de televisão. Ele alega que era discriminado por ser negro e foi demitido há dois anos

Ou seja, o principal ponto a ser ressaltado nesse caso é a persistência desse tipo de violência. É comum nos Estados Unidos, mais que em outros países, um funcionário demitido recorrer à violência extrema, com tiros.

O correspondente lembra que entrou no ar em agosto de 2012 para informar um tiroteio em frente ao Empire State Building. Não se tratou de um atentado terrorista, mas de um ex-funcionário demitido. O caso ocorreu em 24 de agosto daquele ano, há exatos três anos e dois dias.

Novamente nos Estados Unidos surge o debate sobre a cultura das armas. É fácil conseguir armas no país, especialmente quando falamos de um suspeito com problemas psicológicos, que faz esse tipo de ação aos olhos de todo mundo.

Blinder destaca ainda a cultura das redes sociais. O assassino havia feiro manifestos pelo Twitter, Facebook. Ele mesmo filmou a chacina.

As emissoras de televisão fazem muito bem em terem pudor de não mostrar essas cenas nos Estados Unidos, opina Blinder. “Nessas horas você não pode dar mais crédito para esse tipo de assassino”.

 

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