Trump pode “pular a cerca” para bancar a construção do muro na fronteira

  • Por Jovem Pan
  • 26/01/2017 09h36
A small fence separates densely populated Tijuana, Mexico, right, from the United States in the Border Patrol’s San Diego Sector. Construction is underway to extend a secondary fence over the top of this hill and eventually to the Pacific Ocean. Sgt. 1st Class Gordon Hyde/Wikimedia Commons Uma pequena cerca separa a densamente povoada Tijuana

Após o presidente norte-americano, Donald Trump, assinar um texto para a construção do polêmico muro na fronteira com o México, fica a dúvida sobre quem realmente deve pagar por isso.

O correspondente da Jovem Pan nos Estados Unidos, Caio Blinder, afirma que o republicano vem cumprindo aquilo que prometeu e que a ele deve “pular a cerca” para bancar a construção do muro. “O muro é muito caro e, talvez seja inviável em alguma parte das fronteiras”, lembra.

O muro deve custar entre US$ 15 bilhões e US$ 40 bilhões. Quem deve custear? Inicialmente o contribuinte americano, mas Blinder destaca que, em termos legais, fazer o México pagar, é algo mais complicado do que se parece.

“Em termos do pagamento ele pode pular a cerca para conseguir isso. Uma fonte de divisas importantes para o México é remessa de imigrantes legais e ilegais. Ele pode cortar isso. Não dá para forçar o México a pagar o muro. Ele disse que na fase inicial o contribuinte americano vai pagar. O México está em situação complicada, ele é mais dependente da economia americana que o contrário. Trump não quer imigrantes mexicanos nos EUA, e quanto mais piorar a situação econômica no México, mais gente vai querer ir pros EUA”, explica o correspondente.

Uma das formas de se fazer o México pagar, seria o aumento da carga tributária ao país latino. Mas Blinder explica que isso pode levar empresas americanas para fora do país. “Quanto mais fraco fica o peso mexicano, mais tentador é para empresa americana investir no México. Resta saber ate que ponto as empresas tomarão suas decisões em razão do fervor nacionalista”, finaliza.

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