Delação seletiva representou purificação espiritual para Joesley

  • Por Jovem Pan
  • 24/07/2017 06h01 - Atualizado em 24/07/2017 10h47
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo A delação seletiva que prestou a Rodrigo Janot representou algo como uma purificação espiritual para o dono da J&F

O alcaguete mais famoso do Brasil, certamente o mais premiado delator da história, Joesley Batista, teve um artigo publicado neste domingo (23) no jornal Folha de S. Paulo. É um troço espantoso.

Nele, ficamos sabendo que Joesley é um sujeito de carne e osso. Não apenas de carne. Fomos informados também de que ele é a vítima na história. Era o maior produtor de proteína animal do mundo e de repente se tornou bandido – assim como se tal conversão não decorresse exclusivamente do modo como operou, sob as bênçãos do BNDES petista, para tornar seu açougue o maior do mundo.

Pelo que também entendi, a delação seletiva que prestou a Rodrigo Janot representou algo como uma purificação espiritual para o dono da J&F. Corruptor confesso de milhares de políticos, Joesley foi gravar e “caguetar” o presidente da República e se tornar imediatamente um homem melhor, seguramente um homem livre – imune.

É como se a delação premiada fosse algo como aquele chá do Santo Daime. Está relaxado o cara. Bonito.

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