Ao mostrar flexibilidade, Temer também pode passar imagem de falta de firmeza

  • Por Jovem Pan
  • 14/10/2016 07h08
BRA104. BRASILIA (BRASIL), 12/09/2016.- El presidente brasileño, Michel Temer, asiste a un acto hoy, lunes 12 de septiembre de 2016, en el Palacio del Planalto, donde el Gobierno ratificó el Acuerdo de París contra el cambio climático, adoptado en diciembre pasado por 195 naciones durante una cumbre realizada en la capital francesa. EFE/FERNANDO BIZERRA JR EFE/FERNANDO BIZERRA JR Michel Temer EFE

Michel Temer diz que PEC do teto de gastos públicos não precisa durar 20 anos e que ela pode ser alterada daqui 4 a 6 anos. O presidente quis demonstrar que é flexível, mas o risco é passar a imagem de falta de firmeza.

“O presidente da República, como todos sabemos, é um homem da política, e sempre que é pressionado para tomar posição muito rígida, tende a escolher as palavras para demonstrar que é uma pessoa que entende sobre flexibilização”, diz o comentarista Fernando Rodrigues.

Ele destaca que é bom que esteja no Palácio do Planalto um político que saiba ouvir posições diferentes, mas o risco é que Temer não passe apenas a parte boa na flexibilização de ideias, mas também a parte ruim, de que ele sempre concorda com a última pessoa que passou por ali.

Repatriação

A semana vai chegando ao final e ainda há dúvida sobre o programa de repatriação de dinheiro de brasileiros no exterior. A única pendência até o momento é o PT, porque o partido está mais rachado do que nunca no Congresso.

“Existe a possibilidade da votação dessa repatriação. É uma novela que parece que não acaba nunca”, destaca Fernando Rodrigues. Ele ressalta ainda que há ambiguidades nessa lei e divergências sobre as datas que devem ser consideradas.

A tentativa é que no início da semana que vem se faça um novo acordo que inclua o PT para que se tenha uma votação simbólica na Câmara para aprovar a mudança na lei da repatriação.

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