Dilma quer estar no Maracanã para a abertura das Olimpíadas

  • Por Jovem Pan
  • 10/06/2016 12h24
Brasil, São Paulo, SP, 12/06/2014. A presidente Dilma Rousseff, tendo à sua esquerda o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e à direita seu vice Michel Temer, acompanha a partida entre Brasil e Croácia, válida pela primeira rodada do Grupo A da Copa do Mundo de 2014, na Arena Corinthians, em Itaquera, na zona leste de São Paulo, após a abertura do Mundial. - Crédito:JF DIORIO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:170446 J. F. DIORIO/ESTADÃO CONTEÚDO Dilma ao lado de Temer durante abertura da Copa do Mundo de 2014

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) está muito disposta a participar da abertura das Olimpíadas no Brasil, no Rio de Janeiro, em 5 de agosto. A informação foi passada pela assessoria de Dilma ao comentarista Jovem Pan em Brasília Fernando Rodrigues

A data é muito próxima da que se prevê para a votação plenária do julgamento do impeachment no Senado, em meados de agosto, que pode decretar o afastamento definitivo de Dilma ou seu retorno ao Planalto.

Segundo Rodrigues, Dilma disse que vai ao Rio de Janeiro e quer estar presente no Maracanã, onde o presidente interino Michel Temer (PMDB) fará o discurso de abertura dos jogos.

Antes de ser afastada temporariamente em 12 de maio, Dilma havia dito em entrevista à rede americana CNN: “Se isso acontecer, eu ficarei muito triste porque nós fizemos um enorme esforço no espírito de parceria com o governo do Rio de Janeiro e nos engajamos num esforço no qual aprendemos muitas lições da recente Copa do Mundo. Nós vamos deixar um legado na forma de melhoras urbanas para o Rio de Janeiro. Eu gostaria muito de participar das Olimpíadas porque eu ajudei a construir desde o primeiro dia a matriz de responsabilidade”

Dilma tem feito o que pode para constranger o governo Temer. Participa de reuniões, tira fotos com personalidades, dá entrevistas a veículos estrangeiros.

Articulação e plebiscito

A presidente afastada e seus apoiadores continuam no Palácio da Alvorada articulando para tentar obter os votos necessários e barrar o impeachment quando o processo for votado em definitivo.

Para convencer os parlamentares a irem contra o impeachment, a petista tem anunciado a intenção de promover uma consulta popular perguntando se os brasileiros desejam novas eleições presidenciais.

Esse eventual plebiscito não teria poder de alterar a Constituição nem de ceifar mandatos. Mas poderia gerar forte pressão no Congresso.

Na avaliação de Rodrigues, as chances da petista ainda são bem remotas, mas “política é como as nuvens e pode mudar a cada minuto”.

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