Lei de responsabilidade para o futebol não funciona na prática

  • Por Jovem Pan
  • 05/08/2014 17h37

Jogadores do Bom Senso FC ainda se encontraram com o deputado Romário na Câmara

Twitter/Reprodução Bom senso Fc protesta contra Lei de Responsabilidade Fiscal

Fernando Rodrigues, comentarista Jovem Pan direto de Brasília, diz que há a chance, ainda nessa semana, de a Câmara votar projeto de lei de responsabilidade fiscal no esporte.

A lei propõe o refinanciamento das dívidas dos clubes por 25 anos. A contrapartida seria de os clubes adotarem parâmetros de gestão financeira e terem responsabilidade fiscal.

A proposta, entretanto, não funciona na prática, avalia Fernando Rodrigues.

Isso porque clubes podem ser até rebaixados se não controlarem suas finanças, só que a Fifa proíbe esse tipo de exclusão. A entidade máxima do futebol ameaça até deixar o país fora da Copa do Mundo.

Ou seja, os clubes vão renegociar suas dívidas e fazer outras. Hoje, o débito dos times brasileiros com os cofres públicos atinge a cifra de R$ 4 bilhões.

E quem pagará serão todos os brasileiros, por meio de seus impostos, afirma Rodrigues.

“Como esse projeto de lei é muito ruim, aumenta a chance, infelizmente, de ser aprovado pelos deputados”, finaliza.

Som ingrato 

Fernando Rodrigues comenta também uma curiosidade que alcançou as eleições ao governo de Minas Gerais. O candidato tucano Pimenta da Veiga usou música de propaganda da época da Ditadura Militar em sua campanha.

Nos anos 1970, durante o governo de Geisel, foi utilizada “Marcas do que se foi”, da banda Os Incríveis.

As melodias são iguais, mudam apenas as letras.

como todo dia nasce novo em todo o amanhecer

Música de Veiga é assim:

“Seguir em frente, mudando Minas com o coração / Vamos juntos, vem com a gente, vem me dê a mão / O tempo passa, e com Minas caminhamos todos juntos, sem parar / Fazer mais, fazer para todos e avançar / Marcas do que se fez, sonhos que vamos ter / Como todo dia nasce novo em cada amanhecer”.

Já a canção do tempo de Geisel ostentava: “Este ano, quero paz no meu coração, / Quem quiser ter um amigo, que me dê a mão… / O tempo passa e com ele caminhamos todos juntos, sem parar / Nossos passos pelo chão vão ficar… / Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter / Como todo dia nasce, novo em cada amanhecer…”.

“Originais os candidatos não têm sido”, conclui Rodrigues.

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