Pedido de Cunha no STF deve paralisar principais atividades na Câmara

  • Por Jovem Pan
  • 01/02/2016 13h40
Brasília - Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, se reúne com líderes dos partidos na Câmara (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil Eduardo Cunha

A semana marca o fim do recesso do Congresso e do Judiciário. Brasília fica cheia, porém, apenas até quarta-feira. Aqui o pessoal leva a sério essa historia de emendar feriados: vai antes e volta depois.

Os próximos dias podem ter também o aumento da pressão da força-tarefa da Operação Lava Jato, que está próxima de apurar um eventual envolvimento do ex-presidente Lula com casos de ilícitos.

Ainda nesta segunda (01), também, o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deve enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF), que já estará aberto, um embargo de declaração pedindo esclarecimentos sobre alguns trechos da decisão que definiu o rito do impeachment no ano passado.

O problema é que esse embargo deve ser julgado apenas após sair o acórdão, a decisão final e revisada (inclusive linguisticamente), ainda a ser publicada. A publicação de um acórdão pode demorar meses.

Enquanto o processo de impeachment fica parado na Câmara, muitas outras atividades também permanecem estagnadas no Legislativo. Com isso ficam paralisadas todas as escolhas das comissões permanentes dentro da Câmara pois elas seguem um sistema de eleição dos membros semelhante ao da comissão do impeachment, objeto que está sendo questionado por Cunha.

Isso pode ser ruim para Dilma, uma vez que, quanto mais o tempo passa, pior o ambiente econômico e político.

Lula

As investigações a respeito do apartamento de Lula mostram que o nome histórico mais relevante do Partido dos Trabalhadores passa a ser fragilizado. O PT terá que gastar ainda mais energia para defender Lula e o clima político mais polarizado.

Isso não contribui para a aprovação de medidas do ajuste fiscal no Congresso. Haverá uma grande dispersão de energia que impede a aprovação de projetos dos interesses do Planalto.

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