Semana começa com expectativa de delações e início da reforma política

  • Por Jovem Pan
  • 07/11/2016 07h33
Vista do 28° andar do Congresso Nacional com iluminaÇão de natal. Ana Volpe/Senado Esplanada dos Ministérios (Senado)

A semana começa tensa na política brasileira com a possibilidade de novas informações a respeito da delação de executivos da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato.

A expectativa é que as delações tenham alcance dentro do Governo e até mesmo sobre o próprio presidente Michel Temer.

O impacto das delações, no entanto, pode demorar para ser sentido, segundo o comentarista Fernando Rodrigues. A homologação dos acordos deve ocorrer nos próximos dias.

“Já vazou um pouco, mas tem muito mais a contar”, destaca.

Estados Unidos e Brasil

Brasília continua de olho no que ocorre na eleição norte-americana. O Planalto acha que a decisão da eleição terá impacto sobre a economia brasileira.

Nos bastidores, mas de maneira quase explícita, há a torcida pela democrata Hillary Clinton.

Reforma política

Reforma política é uma das novelas mais antigas de Brasília e já existe desde quando a Constituição foi redigida em 1988. O maior problema atual é que o sistema político atual tem produzido desencanto dos brasileiros em relação a política.

Um dos impactos que pode se esperar da reforma é a tentativa de reduzir os partidos com representação no Congresso. Não vai fazer com que partidos sejam fechados, mas com que seja mais difícil que um deputado ou senador entre no Congresso. A reforma tem como principal resistência a clausula de barreira, destaca Fernando Rodrigues.

Lei de repatriação

O Governo se arrependeu de não ter aperfeiçoado a lei de repatriação que ficou em vigor neste ano e percebeu que se houvesse outros dispositivos, mais dinheiro teria entrado.

Por isso, o Congresso pretende, a partir do Senado, apresentar um novo projeto de repatriação já no ano que vem.

Fernando Rodrigues destaca que haverá ações na Justiça que devem se arrastar por anos. “É melhor fazer uma janela para que as pessoas paguem um pouco de imposto agora e o dinheiro entra no País. resta saber se vai abrir para que políticos e servidores participem”, destaca Fernando Rodrigues.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.