A candidata Marina Silva e o PSB não têm sido transparentes quanto ao avião

  • Por Jovem Pan
  • 29/08/2014 19h12

Nêumanne, a candidata Marina Silva tem sido, junto com o PSB, bastante transparente na explicação das irregularidades de que supeitam do avião de Eduardo Campos, que está sendo questionado pela polícia inclusive?

A candidata Marina Silva e o PSB não têm sido transparentes, não têm revelado esse grande amor à verdade, ao responder sobre as dúvidas que estão sendo investigadas na possibilidade de uma transação irregular com laranjas na compra de um Cessna que caiu em Santos, queda na qual morreu, entre outros passageiros, o presidenciável Eduardo Campos, candidato a presidente pelo PSB.

Acontece o seguinte: essa resposta de que “olha, não sei […]”, essa resposta era a resposta favorita de Lula, que foi chefe de Marina quando ela foi ministra do Meio Ambiente no governo dele. Não são respostas que possam ser consideradas modestas, nem democráticas.

É preferível você viajar no avião sabendo que tá pagando, quem tá pagando e não ter que justificar com condicionais – seria pago depois, foi emprestado. Não vejo nenhuma diferença entre esse avião que teria sido pago com caixa dois e o caso de André Vargas que usou um avião pago pelo doleiro Yousseff para ir à João Pessoa para descansar.

Praticamente, é a mesma história e a fato de Marina ter uma história correta na vida pública não altera em nada essas semelhanças. A questão é que as pessoas que querem ser presidente têm mais obrigação do que os cidadãos comuns de cumprir a lei, não podem conviver com essa história de caixa dois, como Lula vivia convivendo, como se caixa dois fosse possível para os políticos em campanha e não fosse possível para outros empresários e cidadãos comuns. Todos são iguais perante a forma da lei. Esta instituição do caixa dois é um crime eleitoral.

As respostas evasivas não devem satisfazer. Não é um caso específico. Ninguém, é claro, está livre de ser flagrado num caso desse, mas isso não justifica nada. Seria como querer justificar um assassinato por causa da morte de Abel pelo Caim.

Há uma necessidade de transparência, há uma necessidade de que os políticos, mais do que os cidadãos comuns, obedeçam a lei, porque é o império da lei que é a democracia, em cujo sistema eles disputam o cargo mais importante do país.

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