Está na hora da autoridade não ficar escondida embaixo da cama enquanto caminhoneiros param estradas

  • Por Jovem Pan
  • 24/02/2015 19h49
Caminhoneiros em greve fecham 24 rodovias federais no país. As imagens são da cidade de Betim (MG). Veja matéria completa em http://bit.ly/1ENhgex EFE Caminhoneiros fecham estradas em MG

Pergunta: Os caminhoneiros têm razão de reclamar do preço do dízimo e, por isso, parar estradas?

Resposta: Vamos por partes. O aumento no preço do diesel é um absurdo. A Petrobrás segurou, durante muito tempo, os preços dos combustíveis derivados de petróleo, que tinha altos custos no exterior, para evitar a eclosão e a explosão da inflação e, assim, criar problemas para a campanha de Dilma Rousseff à reeleição.

Com Dilma reeleita, e o mercado do petróleo conhecendo preços absurdamente baixos no exterior, os preços dos combustíveis no Brasil continua aumentando; a Dilma resolveu aumentar o imposto sobre o combustíveis para pagar o rombo, o roubo, que ela assistiu impávida na Petrobrás e essa decisão estúpida de segurar o preço para evitar a inflação promoveram, lá, na maior estatal brasileira. Agora os caminhoneiros têm razão de reclamar do auto preço do combustível por que eles não podem repassar para os fretes.

A questão é a seguinte: como fazê-lo? Parar as estradas não é um meio. Não prejudica a autoridade que toma decisão contra eles, prejudica o usuário da estrada. Outra coisa, essa história de que manifestação deste tipo é democratica, é muito duvidosa.

Por que, na verdade, esse tipo de paralisação não é paralisação de empregado, caminhoneiro não é empregado, caminhoneiro é empresário, isso então não pode caracterizar uma greve; caracteriza um nocaute que é proibido por lei. Há muito tempo, a polícia rodoviária federal deveria estar equipada para evitar que a economia brasileira fosse estrangulada por protestos de caminhoneiros.

Eu não aprovo, eu não aplaudo, eu acho absurdo, muito embora eu concorde que absurdo, também, é manter uma política de combustíveis de preço alto para resolver os problemas que o governo e a Petrobrás não foram competentes para resolver, tanto do furto, quanto do custo do combustível e, mais ainda, do SID, que é imposto sobre ele.

Está na hora de ter autoridade neste país, e não ficar escondida embaixo da cama enquanto os caminhoneiros param as estradas.

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