Há uma grande valorização da semântica e uma desvalorização da história; entenda

  • Por Jovem Pan
  • 27/01/2015 16h58

Pergunta: O que dizer do novo pito que a presidente Dilma Rousseff passou agora ao ministro poderoso Joaquim Levy? Ele acaba de vir da Suiça, de Davos, trazendo um grande troféu, elogios do Fundo Monetário Internacional, na pessoa de sua diretora genética Christine Lagarde.

Resposta: A questão toda precisa de uma explicação. Primeiro, na campanha, Dilma Roussef, candidata à reeleição pelo PT, disse que não mexeria nos direitos dos trabalhadores. Antes mesmo de terminar seu primeiro governo, reeleita, ela já autorizou que o pessoal da Fazenda e Planejamento tomassem medidas a serem enviadas para o Congresso, atingido diretamente o bolso do trabalhador.

Uma dessas medidas é o seguro desemprego. Está havendo uma, digamos, uma tentativa de dificultar o acesso do trabalhador ao seguro desemprego e às pensões das viúvas. A própria presidente não tem sido muito clara em relação à isso, aliás a respeito de nada, por que ela sumiu, voltou à clandestinidade dos seus tempos de guerrilheira.

Mas a questão toda é que os “auricos” da presidente andaram defendendo dizendo que não se mexeu na CLT. Isso é um sofismo barato, vagabundo, idiota. Na verdade, a consolidação da lei do trabalho não é uma conquista de direito trabalhista. Não. Ela foi uma concessão do ditador Getúlio Vargas, no Estado Novo, para conseguir o controle dos sindicatos de trabalhadores pelos pelegos dos sindicatos.

A CLT, como se sabe, foi uma cópia da “carta del lavoro”, do fascista Benito Mussolini, o Ministro da Fazenda deu uma entrevista ao Financial Times, dizendo que o seguro desemprego é ultrapassado. Em seguida, o Ministério da Fazenda, certamente por inspiração de Dilma Rousseff, chefe dele,corrigiu, dizendo que não, não era uma coisa do passado, é uma conquista civilizatória.

Tá havendo uma grande valorização da semântica e uma desvalorização da história. A verdade é que o Joaquim Levy tentou socorrer sua nova chefe e ela terminou passando por cima dele como um trator, como faz com todos os subordinados. Mas ela não cumpriu o que falou na campanha. Não se deve confiar na palavra da presidente sempre, né?

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