Nós somos um país de refugiados

  • Por Jovem Pan
  • 20/06/2016 13h32
Acervo do Museu Histórico Nacional - RJ Desembarque de Cabral em Porto Seguro

Hoje é o Dia Mundial dos Refugiados. Joseval Peixoto destacou trecho da reportagem de Carolina Ercolin sobre o tema, com áudios de pequeninos refugiados brasileiros.

Ouça ao lado a reportagem completa. A repórter também entrevistou Luiz Fernando Godinho, oficial de informação pública da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR Brasil), que comentou o impressionante dado que mostra que o mundo nunca teve tantas pessoas e crianças que tiveram de deixar suas casas.

Nós somos um País de refugiados. A nacionalidade brasileira ainda está em formação. Todos somos netos, bisnetos ou tataranetos de portugueses, africanos, espanhóis, holandeses, franceses, alemães, orientais, etc, etc, etc.

Aqui está se formando a mais fantástica civilização da história, porque síntese de todas as culturas.

Joseval lembrou também o poema História Pátria, de Oswald de Andrade. Leia:

Lá vai uma barquinha carregada de  
                                              Aventureiros
Lá vai uma barquinha carregada de
                                               Bacharéis 
Lá vai uma barquinha carregada de
                                               Cruzes de Cristo 
Lá vai uma barquinha carregada de
                                               Donatários 
Lá vai uma barquinha carregada de
                                               Espanhóis
                                          Paga prenda
                                          Prenda os espanhóis!      
Lá vai uma barquinha carregada de
                                           Flibusteio 
Lá vai uma barquinha carregada de
                                           Governadores 
Lá vai uma barquinha carregada de
                                            Holandeses 
Lá vai uma barquinha cheinha de índios
Outra de degradados
Outra de pau de tinta
          Até que o mar inteiro
          Se acoalhou de transatlânticos
          E as barquinhas ficaram
          Jogando prenda coa raça misturada
          No litoral azul de meu Brasil.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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