O desespero de uma mulher abandonada no momento mais crítico

  • Por Jovem Pan
  • 08/10/2015 13h22
Wikimedia Commons Roda dos enjeitados

Joseval Peixoto repercutir em seu comentário final a notícia de uma quase tragédia. Uma mulher, com medo de perder o emprego, escondeu a gravidez e o parto de sua chefe em Higienópolis, região central de São Paulo.

A bebê nasceu no banheiro das suítes dos fundos do quarto de empregada e a mãe a manteve escondida dentro do quarto. Ela colocou a bebê em uma sacola, depositou aos pés de uma árvore e ficou olhando até que alguém a pegasse.

Joseval Peixoto citou a coluna na folha de S. Paulo de Cláudia Collucci, que discute a doação de filhos sem a identificação da mãe. Proposta desse tipo até á tramitou no Brasil, mas o ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, “com muita razão”, definiu que a criança tem direito de saber a sua origem.

Há a roda dos expostos na Itália, um local seguro para deixar o bebê sem se identificar. Roma e Milão têm três hospitais filantrópicos que fazem tal serviço. Por muitos anos, freiras acolhiam crianças em frente a igrejas e monastérios.

A lei diz que incube ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante no período pré e pós-natal. O Brasil já teve a sua roda dos enjeitados, que funcionou na Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo, até a década de 1940.

A bebê de Higienópolis tem o nome provisório de “Maria 114”, seguido do protocolo de internação.

É o desespero de uma mulher abandonada no momento mais crítico de sua vida.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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