Obama, Trump e o jornalismo: qual é a verdade que o jornalista possui?

  • Por Jovem Pan
  • 19/01/2017 13h21
EFE Trump Obama

Duas posições antagônicas, de Barack Obama e Donald Trump, sobre o exercício da imprensa.

Trump “dá um pau” na imprensa americana. “Eu vejo uma mídia muito desonesta, uma imprensa muito desonesta. E (tuitar) é a única forma que eu tenho para contra-atacar”, afirmou, em entrevista à Fox.

Essa relação difícil com a imprensa fez o presidente eleito chegar a banir a cobertura de alguns jornalistas durante a campanha presidencial.

A equipe de Trump vinha discutindo tirar as entrevistas coletivas da pequena sala de imprensa na Ala Oeste e transferi-las para um outro edifício do complexo da Casa Branca, disse no domingo o futuro chefe de gabinete de Trump, Reince Priebus, à rede de TV ABC.

“A imprensa ficou louca, então eu disse: ‘Não vamos nos mudar.’ Mas algumas pessoas da imprensa não serão autorizadas a entrar”, disse Trump.

Totalmente diversa a posição de Barack Obama. Ninguém espera que vocês sejam aduladores. Todos esperam que vocês sejam céticos. Esperam que façam duras perguntas”, disse o presidente.

“Há uma diferença entre o funcionamento normal da política e certos temas onde nossos valores fundamentais podem estar em risco. Coloco nessa categoria os esforços institucionais de silenciar a dissidência e a imprensa e para deportar crianças que cresceram aqui e, na prática, são americanas”, afirmou Obama.

São opiniões de jornalistas do lado “A” e do lado “B”. Eu sempre fui contra isso. Jornalista tem que ser isento e entrevistar tanto “A” quanto “B” com a mesma isenção.

“A convicção é mais inimiga da verdade do que a própria mentira”, dizia Nietzsche.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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