Doria rompe com Geraldo Alckmin

  • Por Jovem Pan
  • 02/09/2017 10h52 - Atualizado em 02/09/2017 10h54
João Doria Pré-candidatos tucanos começam a falar mais abertamente sobre intenções em 2018

O professor Marco Antonio Villa participou do Jornal da Manhã deste sábado (02) e disse que “a grande notícia do dia foi a entrevista de (o prefeito de SP João) Doria em Paris em que ele claramente rompeu com (o governador) Geraldo Alckmin”.

Após Alckmin dizer que seria “presidente do povo” Doria respondeu, quando questionado: “quem vai decidir é o povo”.

O que está implícito é de que ele será candidato a presidente da República independentemente do partido político, avalia Villa.

Alckmin diz que a partir de janeiro já sai do governo para expor sua candidatura. Doria, tendo que antecipar seu calendário político-eleitoral, teria problemas, porque teria de sair da Prefeitura antes do que gostaria.

Outros pré-candidatos já conhecidos são Jair Bolsonaro e Ciro Gomes.

“Não é que a guerra está declarada, mas são dois projetos distintos”, diz Villa. “Não é traição” de Doria em relação a seu padrinho político.

PT

Villa prevê que “o PT vai ter um papel residual na campanha de 2018 e o Lula não será candidato”.

Comentando entrevista de Dilma Rousseff, o comentarista diz que “o jornal quer criar uma polarização que não existe, entre PT e os demais partidos”. “Essa polarização desapareceu”.

“A discussão é, dos setores que levaram ao impeachment, quem vai chegar à Presidência em 2018”, opina.

Para Villa, se Dilma tentar concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul, “perde”. “Pode registrar”.

Temer

Villa também comentou as expectativas para uma nova denúncia contra Michel Temer, que pode ser apresentada já na próxima semana.

“A situação do presidente fica cada vez mais enfraquecida”, diz. “Vai precisar comprar outra vez a maioria (de deputados) que obteve a preço de ouro”.

“A médio prazo, aparece como possibilidade de renúncia do Presidente da República”, projeta. “A Presidência não pode ser usada como proteção permanente a crimes cometidos. A situação do presidente permanece muito frágil”.

“Uma nova denúncia que apresente para o País crimes cometidos pelo presidente da República é bom para o País e melhor ainda para a economia”, opina também o comentarista.

“Vai aparecer discurso de que denúncia prejudica recuperação da economia”, prevê. Villa discorda. “(A denúncia) permite que a gente faça trabalho de limpeza, que é longo”.

Villa defende que “atacar o tumor da corrupção é muito bom para a economia. Pode não ser a curto prazo, mas é bom a médio ou longo prazo”, pondera.

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