Intervenção é bom remédio, mas médico Temer é incompetente e não sabe aplicá-lo

  • Por Jovem Pan
  • 17/03/2018 10h00 - Atualizado em 17/03/2018 11h15
Beto Barata/PR "A intervenção é um bom remédio, mas o Governo não sabe como aplicar esse remédio. Problema não é o remédio, mas seu médico, Michel Temer, incompetente, que não sabe como aplicar esse remédio”, diz Villa

O comentarista Marco Antonio Villa destaca os principais assuntos da semana neste sábado (17), no Jornal da Manhã. Entre os assuntos, a repercussão e investigações da morte da vereadora do PSOL Marielle Franco e seu motorista, os quatro anos da Operação lava Jato, as prévias do PSDB neste domingo (18) e a prisão após a condenação em segunda instância.

Confira:

Intervenção: Lewandowski encaminha ação do PSOL ao STF

O ministro do STF, Ricardo Lewandowski, acatou a ação movida pelo PSOL contra o decreto da Intervenção Federal no Rio de Janeiro. O texto agora segue para apreciação do plenário do STF, em data a ser definida.

Segundo o PSOL, a ação de intervenção é midiática, inconstituicional e tem caráter eleitoral. O partido pede ainda a suspensão imediata do decreto e questiona a convocação às pressas e sem a formação dos Conselhos da República e de Defesa Nacional.

“A questão de ser inconstitucional a intervenção é de alfabetização. Quem propõe isso é absurdo. PSOL não sabe ler a Constituição. A intervenção tem razões constitucionais para ter ocorrido. A questão é que Governo é incapaz com presidente fraco, que não sabe fazer a intervenção”, diz Villa.

“Era preciso uma intervenção no governo do Rio de Janeiro. A intervenção é um bom remédio, mas o Governo não sabe como aplicar esse remédio. Problema não é o remédio, mas seu médico, Michel Temer, incompetente, que não sabe como aplicar esse remédio”, completa o comentarista.

Jungmann confirma que balas que mataram Marielle foram roubadas na Paraíba

Em inquérito, instaurado nesta sexta-feira (16), que apura o caso da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), a Polícia Federal fez duas importantes descobertas. No início da tarde foi divulgado que a munição usada no crime era de um lote vendido à PF de Brasília em dezembro de 2006. Já na parte da noite, em entrevista, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, revelou que o artefato foi roubado na sede dos Correios na Paraíba.

“Essa munição foi roubada na sede dos Correios, pela informação que eu tenho. A Polícia Federal já abriu mais de inquéritos por conta dessa munição desviada”, declarou Jungmann.

Villa esclarece que é preciso uma articulação entre as polícias militares, destacamento da Força Nacional em várias regiões do País e uma coordenação eficiente do Ministério da Segurança Pública.

“Deveria ter o mínimo de coordenação entre os entes federativos com o Governo federal. As investigações estão avançando, ainda lentamente, mas é provável que se chegue aos autores do assassinato”, diz Villa.

Dallagnol diz que revisar prisão em segunda instância pode enterrar Lava Jato

O chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná, procurador da República Deltan Dallagnol, disse nesta sexta-feira (16) que o Supremo Tribunal Federal (STF) pode enterrar o combate à corrupção se revisar o entendimento que autorizou a execução provisória de condenados em segunda instância da Justiça. Deltan e outros procuradores que atuam nas investigações se reuniram com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em Porto Alegre, para divulgar o balanço dos quatro anos de trabalho na operação.

Durante coletiva de imprensa, Dallagnol afirmou que o futuro da Lava Jato depende do Supremo. “Se o STF reverter o seu entendimento quanto a prisão em segunda instância, ele vai enterrar o combate à corrupção e a impunidade no nosso país. Essa é a nossa preocupação central hoje. Se esse entendimento for mantido, a expectativa é de que, dentro de um prazo razoável, a grande maioria dos réus que foram condenados venham a cumprir pena dentro de uma perspectiva curta de tempo”, advertiu o procurador.

“STF está sendo pressionado para colocar em discussão, mais uma vez, aquilo que o STF tinha interpretado de que se recorre preso e não em liberdade. Tudo indica que, neste cenário, até no máximo a primeira quinzena de abril Lula será preso. Resta saber o que acontece no dia seguinte à prisão de Lula”, diz Villa.

Prévias do PSDB

“Todo mundo foi saindo e tudo indica que o prefeito de São Paulo, João Doria, será o candidato do PSDB, mas vai ter que convencer primeiro o eleitorado paulistano, já que sempre disse que era contra a reeleição e prometeu que cumpriria todo o mandato”, explica o comentarista.

Doria vai enfrentar uma eleição mais complexa do que nas últimas vezes. Teremos segundo turno, mas com PT carta fora do baralho. O ponto de interrogação é quem Jair Bolsonaro vai apoiar.

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