Lula acabou, é irrelevante e não vai ser candidato em 2018

  • Por Jovem Pan
  • 16/09/2017 12h36 - Atualizado em 16/09/2017 12h38
EFE/Hedeson Alves Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa em Curitiba após depor pela segunda vez ao juiz Sergio Moro, em ação na qual é acusado de receber propina da Odebrecht

O professor Marco Antonio Villa comentou os principais assuntos deste sábado (16) no Jornal da Manhã. Ouça:


Sobre a investigação do Ministério Público paulista sobre as viagens do prefeito João Doria, Villa diz que “não cabe ao MP fazer isso”. “Isso é uma enorme bobagem”. “O ‘locus’ adequado para esse assunto ser discutido é a Câmara municipal”, afirma. “Lá que deve ser feita a pressão popular”.

O comentarista destaca, no entanto, que “o prefeito atual às vezes exagera algumas vezes em viagens desnecessárias”. Ele poderia receber medalhas em um sábado ou domingo, sugere.

“A cidade tem um rombo, mas as coisas, ‘malemá’ estão caminhando”, avalia Villa citando o Corujão da Saúde, que parecia promessa de campanha, mas ajudou na resolução das filas dos exames em 90 dias.

Villa também comenta manchete do jornal Folha de S. Paulo que diz que a denúncia de Janot contra o presidente Michel Temer tem como base fatos ainda em apuração. Ao contrário, elá “está muito bem fundamentada”, afirma o professor, como disse também o ex-ministro do STJ Gilson Dipp em entrevista ao Jornal da Manhã nesta semana.

Villa diz que Temer tem medo de que o STF aprecie a denúncia. O presidente “tem culpa no cartório”, diz.

Sobre os ataques que a delação premiada vem sofrendo, Villa diz que “escritórios de advocacia bilionários são advogados figadais da delação premiada”. Advogados “vão perder milhões”, afirma. O comentarista lembra, em contraste o ilustre advogado Sobral Pinto, “homem honesto, reto, que marcou a história da advocacia”.

Villa ainda falou sobre o fim do mandato de Rodrigo Janot na PGR. O comentarista lembra que sempre chamou o procurador de “Enganot”. Os procuradores-gerais anteriores, no entanto, não foram tão melhores, entende Villa, citando Roberto Gurgel, que não pediu a suspeição do ministro e ex-advogado do PT Dias Toffoli durante o julgamento do mensalão

O comentarista espera que a futura PGR, Raquel Dodge, que toma posse na segunda, aja de forma independente. “Ao contrário do que esperam, ela deve agir dentro da lei e colocar os políticos investigados contra a parede”, projeta.

Sobre a delação de Palocci que deve atingir em cheio o ex-presidente Lula, Villa questiona: “Palocci viu que Lula continuava fora, no bem-bom e ele ficaria a vida inteira preso?”

Palocci “vai falar muito mais coisas que envolvem o governo do PT e o grande capital”, aguarda.

Para Villa, “Lula acabou, é irrelevante”, um “tigre de papel” e “não vai ser candidato em 2018”.

“Também acredito que neste primeiro semestre ele deve ser condenado em primeira instância ainda em mais dois processos”, projeta.

“Em abril do ano que vem deve ser referendada a condenação de lula”, diz. “Em 2018 em vez de ele estar alegre na campanha deve estar na cadeia”.

 

  • Tags:

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.