Manifestações deste domingo são grito de civilidade pela democracia, diz Villa

  • Por Jovem Pan
  • 26/03/2017 16h50
Jovem Pan Villa na manifestação

O domingo de 26 de março tem sido marcado por manifestações em prol da Operação Lava Jato, em mais de 130 cidades do Brasil. O ato é realizado pelos movimentos que apoiaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, entre eles o Vem Pra Rua e o MBL (Movimento Brasil Livre).

Em São Paulo, o público compareceu à Avenida Paulista com camisas amarelas e bandeiras do Brasil, e tem ocupado as principais esquinas na região do metrô Trianon. A concentração maior ocorre próximo ao MASP e vai do Parque do Trianon até a Alameda Joaquim Eugenio de Lima.

De acordo com o historiador e comentarista Jovem Pan, Marco Antonio Villa, o ato marca um grito de civilidade e cidadania em defesa da democracia. “O público que veio à Paulista é contra o acordão que querem fazer em Brasília, em defesa da Lava-Jato e contra essa coisa suja de lista e pede o fim do foro privilegiado. Em suma, é achar que luta não acabou com a queda do PT, a luta só vai acabar quando nós finalmente proclamarmos uma República. Vamos em frente que a gente nunca esmorece. O Brasil é assim e nunca perde a esperança”, destaca Villa.

Apesar da mobilização, o público não é o mesmo das manifestações de 2016, quando milhões de pessoas ocuparam toda a extensão da Paulista. Segundo Villa, algumas questões que não são o foco principal prejudicaram a movimento.  

“Eu ainda não tenho uma avaliação. Mas acho que há uma irritação muito grande da população contra o governo que foi instalado pós-impeachment. A defesa das reformas em atraso, sem explicar que tipo de reformas, no caso da reforma previdenciária, acabou criando essa dificuldade. Por fim, o outro problema foi colocar questões de desarmamento e que não são o foco da luta política atual. Porque quando você quebra uma palavra de ordem central leva ao enfraquecimento”, completa o comentarista.  

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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