Slogan “Brasil, pátria educadora” caiu no vazio

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2015 15h57

Desde que retomamos o programa Pingos nos Is no dia 12 de janeiro, reiteradas vezes, apontamos as áreas onde o estelionato eleitoral de Dilma se configura.

Nem bem completou um mês da posse, onde estufou o peito para lançar o slogan “Brasil, pátria educadora”, Dilma lança agora sua mira para a educação, atingindo em cheio a pátria educadora, o lema já desmoralizado pelo próprio ministro, escolhido para a pasta.

Cid Gomes, relembro, é aquele político, que disse uma vez, que ” professor não precisa ser bem remunerado, pois deve trabalhar por amor.” O estado que governou, o Ceará, não prima exatamente por notas boas em educação. Pelo contrário!

Pois bem, o governo Dilma 2 em sua sanha arrecadadora, mudou na virada do ano as regras do FIES, o Fundo de Financiamento Estudantil.

Além de exigir uma nota mínima no ENEM – o que é positivo – o governo alterou também o calendário de repasses de verbas públicas. As entidades estudantis que recebiam mensalmente os recursos passam agora a recebê-los com intervalo de 45 dias; o que faz com que ao término do ano letivo, elas terão sido reembolsadas por 6 meses, o saldo ficando para o ano seguinte. Dessa forma, a rede privada tem de correr atrás do prejuízo ou diminuir fatalmente a oferta de vagas.

Dilma costuma se gabar do ProUni e de ter facilitado o acesso ao ensino superior. De fato, até ano passado o FIES contribuiu para isso. O programa atendeu 700 mil alunos de classe média que estudaram com a ajuda do governo e mensalidades subsidiadas. Sairam dos cofres públicos mais de 13 bilhões e meio para ofertar generosas condições de matrículas.
As contas de 2014 de Dilma fecharam no vermelho. Já não é mais segredo o drástico ajuste fiscal que o Ministro Joaquim Levy está promovendo.

Mais do que cortar gastos – pois isso o governo não é capaz – ele começa a reduzir desembolsos com despesas. Lembram quando a candidata petista disse em campanha que a adversária Marina iria diminuir os gastos com educação? Pois bem, já na primeira semana de janeiro, na primeira rodada de corte de despesas do ano, o alvo foi a educação. Aquela área sensível ao governo, alçada à condição de prioridade máxima do segundo mandato da presidente Dilma, começa o ano com uma redução de no orçamento de 7 bilhões. Quem votou na presidente, contando que ela fosse manter sua palavra, ou pelo menos a agenda do governo Dilma 1, tem todos os motivos para se sentir ludibriado. A farra acabou e não precisou de um mês da posse para o lema “Brasil, pátria educadora” virar pó.

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