Cai exigência de adotantes em relação à cor da criança

  • Por Rachel Sheherazade/ JP
  • 25/05/2015 11h03
Marcello Casal Jr./ABr Duas crianças paradas em frente a um parque. Uma delas está com a mão acenando Crianças à espera de adoção

No Dia Nacional da Adoção, finalmente, uma boa nova em meio a tantas más notícias no Brasil. É que diminuiu o nível de exigência dos adotantes brasileiros com relação a cor da criança adotada.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça, em 2010, 38,73% dos adultos pretendentes queriam adotar somente crianças brancas. Hoje, essa número de “exigentes” caiu para 26,49%.

A diminuição da exigência é uma esperança para milhões de crianças que não se encaixam no padrão dos adotantes e que costumam passar a infância e adolescência em instituições, sem saber o que significa viver em família.

A maior pluralidade das crianças adotadas também tem o efeito benéfico de acelerar os processos de adoção, muitos deles emperrados porque os adotantes esperam a criança dos sonhos, perfeita… quando o filho real é muito diferente do filho ideal.

As crianças e adolescentes à espera de um lar não pedem muito: abrigo, cuidados e carinho já basta.

Mas, os adotantes exigem demais: que a criança seja branca, do sexo feminino, de até 3 anos de idade, e sem problemas físicos nem mentais.

Esquecem que os filhos não vêm sob encomenda: nem os biológicos, nem os adotados.

Não vêem que adoção não é negócio ou compra.

A adoção é um ato de amor, e a maior prova de amor é a aceitação.

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