A inoperância do Detran do Rio de Janeiro, revelada por um atropelamento seguido de morte

  • Por Jovem Pan
  • 27/08/2015 12h57

Acidente com filho de Ivo Pitanguy deixou um morto

Reprodução/Globo Acidente com o filho de Ivo Pitanguy

Reportagem do Jornal O Globo denuncia: entre 2009 e 2010, o Detran do Rio de Janeiro não abriu qualquer processo para suspender carteiras de motoristas infratores, muito embora, nesse período, a Operação Lei Seca tenha apreendido mais de 26 mil habilitações de cidadãos alcoolizados.

A lei é clara e obriga o órgão de trânsito a abrir processo de suspensão do documento em caso de flagrante embriaguez do motorista.

Mas, não foi isso o que aconteceu com o empresário Ivo Pitanguy Filho, que atropelou e matou o operário José Ferreira da Silva na semana passada.

Apesar de ter recebido treze multas por dirigir alcoolizado, e mesmo com dez penalidades julgadas procedentes, Ivo ainda desfrutava do direito de dirigir, quando deveria ter tido a habilitação suspensa pelo Detran.

O órgão bem que tentou se justificar. Atribuiu sua falha à demora na comunicação das infrações e também ao prazo legal de 12 meses para abertura do processo, que, segundo o Detran, seria muito curto.

Nesta segunda feira, até o governador Pezão se desculpou pelos erros do Departamento de Trânsito, mas agora é tarde: o mal já foi feito. Graças à inoperância, à incompetência do Detran, Ivo se tornou um motorista assassino, e José, será só mais uma vítima da violência no trânsito, esquecida entre tantas.

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