Hamas confessa que sequestrou e matou os três jovens judeus

  • Por Jovem Pan
  • 22/08/2014 10h45

Reinaldo, o Hamas confessou que foi mesmo o grupo que sequestrou e matou os três adolescentes judeus. Vocês está surpreso?

Eu não. Quem talvez esteja um tanto surpresa, e deveria estar envergonhada, é boa parte da imprensa ocidental, incluindo a nossa, com raras exceções. Vamos lá.

Saleh al-Aruri, um dos porta-vozes do Hamas, confessou em Istambul que foi mesmo o grupo que matou os três rapazes judeus. Al-Aruri estava na Turquia, pasmem, para participar de um evento promovido pela União Internacional de Acadêmicos Islâmicos. Que coisa.

Numa gravação que veio a público, liberada pelos organizadores do evento, afirmou sobre o sequestro e morte de três adolescentes judeus: “Houve muita especulação sobre essa operação, alguns disseram que era uma conspiração. A vontade popular foi exercida em toda a nossa terra ocupada e culminou na operação heroica das Brigadas Al-Qassam, ao aprisionar os três colonos em Hebron”.

Você ouviu direito, ele chamou o sequestro de dois garotos de 17 anos e de um de 19, que foram mortos a bala e depois tiveram os corpos incinerados, de “ação heróica”.

Embora tudo apontasse escandalosamente para uma ação do Hamas, a imprensa ocidental, com raras exceções, insistia em fechar os olhos para o fato, ocupada que estava em condenar Israel. Como não lembrar aqui, neste ponto, o comportamento politicamente delinquente do Itamaraty? O Ministério de Relações Exteriores do Brasil censurou apenas Israel pela ação em Gaza e não disse uma miserável linha sobre os ataques do Hamas.

Que se note: o Hamas praticou esses sequestros poucos dias depois de celebrar um entendimento com o Fatah, de Mahmoud Abbas, que comanda a Autoridade Nacional Palestina. É verdade: colonos judeus, em represália, sequestraram e mataram um adolescente árabe. Estão presos. Entenderam a diferença? É espantoso que um sujeito participe de uma conferência num país quase democrático, como a Turquia, confesse uma ação terrorista e saia de lá ileso.

Negociação com o Hamas, como pedem muitos? Qual? Sobre quais bases? Israel, com alguma frequência, negocia, sim, mas até a página 15: faz um enorme esforço para libertar cidadãos às vezes sequestrados pelo terror. Pode trocar um único soldado por centenas de terroristas presos, mas depois, vai ao encalço dos facínoras.

E foi o que fez de novo. A aviação israelense matou, num bombardeio aéreo no sul de Gaza, os líderes terroristas Muhamad Abu Shamala, Raed al-Attar e Mohamad Barhum. Outras cinco pessoas morreram. Foi uma operação organizada pelo Shin Bet, o serviço secreto israelense.

As forças de segurança de Israel sabiam que os três estavam lá, naquele edifício, tramando novas ações terroristas contra o país. Alguém tem alguma ideia melhor sobre o que deveria ser feito com eles? O Hamas prometeu vingar a morte dos terroristas. Já sabemos como. A propósito: se Israel os tivesse poupado, o grupo agiria de outro modo?

O Hamas já anunciou que identificou nove palestinos que teriam servido de informantes a Israel, colaborando para que o país encontrasse os terroristas. No prazo de poucas horas, essas pessoas foram presas e executadas, sem direito a defesa. Heis o Hamas que desperta tanta simpatia em alguns corações inocentes do Ocidente.

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