Não há racionamento de água em São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 22/10/2014 11h40

Reinaldo, afinal, há ou não racionamento em São Paulo? E como se comportaria o eleitor da cidade se a eleição fosse hoje?

Não há racionamento de água em São Paulo. Quero voltar à guerra político-eleitoral da água, deflagrada pelo PT, pelos setores da imprensa alinhados com o petismo, pela campanha eleitoral de Dilma Rousseff e por Vicente Andreu, que é petista, presidente da Agência Nacional de Águas, oriundo da CUT e que, hoje em dia, está fazendo campanha eleitoral. Vamos lá. A primeira questão relevante é a seguinte: o fornecimento de água, hoje, em São Paulo, não é nem maior nem menor do que durante a eleição. No fim de semana retrasado, muita gente ficou sem água ao mesmo tempo porque houve problemas técnicos graves na adutora Americanópolis e em Osasco. De resto, tudo continua como estava, como diria Dilma Rousseff, “no que se refere” ao abastecimento. O que se tem, aí sim, é campanha eleitoreira descarada. Um dado da pesquisa Datafolha publicada na segunda-feira, pela Folha, não mereceu, parece, o devido destaque. Depois de todo o terrorismo feito com a questão da água, o instituto quis saber em quem votariam os eleitores paulistanos se a disputa para o governo do Estado fosse agora.

Os de má-fé e os ignorantes saíram botando terror por aí porque números publicados com destaque pelo Datafolha mostravam que o tucano teria 33% de votos na cidade, contra 19% de Paulo Skaf, do PMDB, e 12% de Alexandre Padilha, do PT. Disseram que votariam em branco, nulo ou em ninguém 25%, 9% afirmaram não saber, e 3% citaram outros nomes.

Pois bem: Alckmin obteve, na cidade de São Paulo, nas urnas, 51,94% dos votos válidos. Segundo os números do Datafolha, ele tria hoje 50%; Skaf teria 28% (contra 21,4% nas urnas), e o petista Alexandre Padilha teria caído de 22,21% para 17,9%. Ou por outra: a variação de Alckmin, na capital, está dentro da margem de erro. À diferença do que pretendiam os petistas, o prestígio do governador segue inabalado. Embora haja um enorme esforço para jogar a responsabilidade pela falta de chuva nas costas do tucano, o efeito eleitoral esperado por muitos, e pelo qual muitos torciam, não aconteceu.

Há problemas de abastecimento em São Paulo? Há. Existe racionamento ou falta generalizada de água? Não! O que mudou foi a determinação do PT, da Agência Nacional de Águas, manipulada pelo partido, e da campanha eleitoral de Dilma Rousseff de tentar explorar o assunto politicamente. Se os petistas acham que Alckmin é o culpado porque não chove, talvez seja o caso de indagar a culpa de Dilma pela seca na cabeceira do Rio São Francisco.

 

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