“O sinal das ruas está aí”, diz Reinaldo Azevedo

  • Por Jovem Pan
  • 13/03/2016 15h32
Manifestantes se concentram na Esplanada dos Ministérios EFE Atos contra o governo acontecem por todo o Brasil neste domingo (13)

O comentarista político Jovem Pan Reinaldo Azevedo participou da programação ao vivo e comentou o que espera que seja “a maior manifestação da história do Brasil”. Reinaldo avaliou: “se o governo contava com a presença dos brasileiros nas ruas como medida de seu insucesso, (…) então seu desastre é completo”.

O comentarista rebateu o discurso governamental. “Não se trata de ser a favor ou contra o governo, se trata de ser a favor ou contra a roubalheira”.

O apresentador de “Os Pingos nos Is” se disse a favor da presença de políticos junto aos movimentos sociais. Ele lembra que em 1992 havia políticos na rua pelo impeachment de Collor. “É preciso que os políticos falem, participem, e que a população os acolha”.

Ele reconheceu também que “O PT tem mais base social que o Collor tinha” e, por isso, “vai demorar um pouquinho mais até que se forme a maioria necessária (para o impedimento de Dilma) na Câmara”. “O PT tem uma força organica na sociedade, declinante, decadente, mas ela existe”, analisa Reinaldo.

“Máculas”

“O sinal da rua está aí, o sinal veio (…). Precisamos dos peemedebistas agora”. Sobre a corrupção da oposição, ou do PMDB, cuja adesão ao impeachment é necessária para que ele ocorram, Reinaldo disse. “Ninguém lá é santo (…). Os políticos são os políticos com todas suas máculas, seus defeitos”. “Os políticos não são santos, nós não queremos políticos para casar com nossas filhas (…). Os que apresentam irregularidades, queremos que sejam cassados. Mas (agora) precisa-se da maioria no Congresso”.

Reinaldo lembra que o político que deu o voto final contra Collor foi Onaireves Moura, que chegou a dar um jantar para o Collor, votou a favor do impeachment, depois foi cassado”.

Há o que Temer?

Silvia Popovic questionou Reinaldo Azevedo sobre o que fazer se Dilma for impedida da Presidência. “O Brasil precisa hoje de alguém capaz de construir pontes institucionais”, diz Reinaldo. “Felizmente nós não temos situação de desgastamento social ainda, de rompimento, de anomia. Você tem um sentimento de indignação. Precisa de resposta institucional”. E essa resposta, em sua ótica, “quem precisa dar são os políticos”

Dilma, porém, hoje estaria preocupada apenas com duas pautas: “se safar” e “livrar a cabeça de Lula”. “É preciso de alguém com essa capacidade de interlocução”. Na visão de Reinaldo, “Temer tem”.

“Nós não temos que ter medo da população brasileira”, disse.

Terrorismo

Por fim, Reinaldo disse que “o brasileiro aprendeu a fazer protesto pacífico”. “O governo fez terrorismo”, “temos milhões de pessoas nas ruas e não aconteceu nada”.

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